A contração prevista pela instituição para o segundo trimestre deste ano deve ser de cerca de 12 milhões de bpd, com o mês de abril testemunhando a pior queda, de cerca de 20 milhões de bpd. Para 2019, a Organização manteve a projeção de avanço do consumo mundial inalterada em 830 mil bpd em relação ao documento do mês passado.
“Espera-se que os bloqueios em muitas áreas, já que os governos buscam conter a propagação da covid-19 nos Estados Unidos, Europa, ‘Outra Ásia’, Oriente Médio e outras regiões, reduzam substancialmente as distâncias percorridas e, assim, afetem negativamente o crescimento da demanda por gasolina no segundo trimestre do ano”, trouxe o documento.
O combustível para aviação também enfrentará “sérios desafios” de demanda este ano, de acordo com a entidade, que cita as frotas das companhias aéreas em terra em resposta ao fechamento de aeroportos e reduções significativas nas operações de voo. Já os combustíveis industriais serão impactados pela previsão de uma recessão global. “Sem exceção, a demanda por petróleo em todas as regiões foi revisada para baixo em comparação ao relatório de março para refletir esses desenvolvimentos, com a maioria das mudanças ocorrendo no primeiro semestre do ano”, destacou a Organização.
A Opep avisou, no entanto, que também fez alterações para baixo em relação ao documento de março para o segundo semestre de 2020 e explicou que isso ocorreu em relação à expectativa de uma recuperação lenta projetada no consumo de produtos. Mais uma vez, o principal item afetado é o combustível para transporte, apesar da expectativa de que haverá melhora do momento econômico global durante o período. Assim, na perspectiva da Organização, o consumo maior será na segunda metade de 2020.