A chegada do coronavírus trouxe mudanças em vários setores. As restrições de circulação mudaram o comportamento de clientes e obrigou mudança na área de atuação profissional de 15% da população em Mato Grosso do Sul. É o que diz pesquisa de entidades do comércio sobre o impacto da pandemia no setor.

Conforme a publicação, desse grupo que fez mudança radical no trabalho, 28% entraram no ramo de delivery, que foi um dos setores que mais cresceu devido às regras de impostas pela pandemia.

Já, para outros 15%, a escolha foi a área de serviços de limpeza e faxina, que ganhou destaque também nesse período, pois é uma das formas de combater o vírus.

Além disso, outros 10% desse grupo entraram na área de vendas em geral. Os demais serviços que receberam novos trabalhadores foram: vendas online (7%), refeições prontas (7%), confecção de máscaras (5%), supermercado (5%) e (5%).

Setores que faturaram mais

Outro ponto apresentado pela pesquisa foi a variação de faturamento de alguns segmentos do setor de comércio e serviços.

Questionados sobre o faturamento de setembro em relação aos meses anteriores da pandemia, os empresários do setor de óticas e embalagens foram os mais otimistas. Assim, para 75% deles, houve aumento da receita de suas empresas no mês.

Também afirmaram ter aumento nas vendas donos de empresas do setor de saúde, beleza e TI (Tecnologia da Informação).

Por outro lado, os empresários do comércio em geral foram os que mais reclamaram da redução no faturamento, com 62% alegando queda na receita. Para o segmento da construção civil, 56% também afirmaram diminuição do volume de serviços.

Futuro

Para os empresários ouvidos na pesquisa, os principais mecanismos de retomada para o crescimento dependem de incentivos do governo (21%). Para outros 18% é necessário mais crédito e mais divulgação, com implantação do comércio online. Ainda, 15% acreditam em biossegurança e 8% defendem mais flexibilização para impulsionar o pós-pandemia.

Eles também afirmaram que o maior desafio é atrair mais clientes (36%). Outros 21% alegam problemas financeiros e outros 13% temem a instabilidade. Já 11% destacam a dificuldade em obter crédito e em comprar mercadorias ou insumos.

Pesquisa

A pesquisa foi elaborada pelo /MS, IPF (Instituto de Pesquisas da Fecomércio), Sindivarejo , CDL (Comércio de Dirigentes Lojistas) de Campo Grande e FCDL.

Entre os consumidores, foram aplicados 1.711 questionários em 7 cidades do estado de 22 de junho a 6 de julho. Então, entre os empresários, foram 164 ouvidos em 20 municípios entre os dias 15 de setembro e 8 de outubro.