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Economia

Obtenção de superávit comercial não é objetivo, diz secretário

Depois de anunciar uma redução no saldo da balança comercial em 2019, o secretário de comércio exterior do Ministério da Economia, Lucas Ferraz, afirmou que o objetivo do governo federal não é aumentar esse saldo, mas ampliar a corrente total de comércio do país, que é a soma das importações com a exportações. No ano […]
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Valter Campanato/Agência Brasil
Valter Campanato/Agência Brasil

Depois de anunciar uma redução no saldo da balança comercial em 2019, o secretário de comércio exterior do Ministério da Economia, Lucas Ferraz, afirmou que o objetivo do governo federal não é aumentar esse saldo, mas ampliar a corrente total de comércio do país, que é a soma das importações com a exportações. No ano passado, essa cifra foi de US$ 401,34 bilhões – um valor 5,7% menor em relação ao ano anterior.

“A nossa variável objetiva seria o aumento da chamada corrente de comércio do país sobre o PIB [Produto Interno Bruto, soma de bens e serviços produzidos no país]. Então, a gente tá visando aumentar a exportação mais importação sobre o PIB nacional. Hoje, esse número gira ao redor de 24%, 23%, a gente sabe que numa comparação internacional isso é muito aquém do que se esperaria das dimensões da economia brasileira, estamos falando da oitava economia do mundo. Ele é muito mais um parâmetro para macroeconomia do que para temas de comércio”, disse Ferraz.

Em países de economia semelhante ao Brasil, como México, o percentual da corrente de comércio sobre o PIB é superior a 70%. Na China, ultrapassa 40% e no Chile chega aos 30%. “Estamos bem aquém. A média mundial é maior para países similares ao Brasil”, acrescentou o secretário.

Segundo Ferraz, o governo não deve se preocupar em obter saldos comerciais muito positivos e citou o caso dos Estados Unidos, país que tem déficit em sua balança comercial. “O foco central da agenda comércio do governo Jair Bolsonaro não passa pela obtenção de saldos comerciais. O nosso objetivo fundamental é aumentar o grau de integração da economia brasileira e com isso contribuir para o aumento da nossa produtividade, com o crescimento de longo prazo, geração de emprego e renda. Essa é a nossa meta principal. Se saldo comercial fosse importante, eu costumo dizer sempre isso, os Estados Unidos seria economia com pior desempenho comercial do planeta, porque há décadas eles têm déficit comercial na sua balança. Fundamentalmente, balança comercial é o resultado líquido de quanto um país poupa e do quanto ele investe”, disse.

Balanço positivo
Mesmo com um resultado pior na balança comercial brasileira no ano passado, o secretário de Comércio Exterior fez um balanço positivo sobre 2019. Ele citou a conclusão de acordos comerciais importantes, como o do Mercosul com a e com a Associação Europeia de Livre Comércio (Efta, bloco que reúne Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein).

“Basicamente estamos falando de 25% do PIB global, 780 milhões de consumidores, um acordo extremamente importante, que levou 20 anos para ser negociado e conseguimos concluir em 2019. Concluímos o acordo Mercosul-Efta, uma das regiões mais prósperas do mundo, com PIB [Produto Interno Bruto] do tamanho do México”, afirmou.

Ferraz também mencionou o estágio avançado das negociações para um acordo de livre comércio com o Canadá, e Singapura, que devem ser assinados em 2020. Ele ainda citou a retomada do acordo automotivo com o México e a conclusão de acordos semelhantes com e Argentina.

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