O que dá para comprar com o novo auxílio emergencial de R$ 300 em Campo Grande?

Depois de pagar 5 parcelas de R$ 600 (ou R$ 1.200 para mães que sejam chefes de família) de auxílio emergencial, o governo federal reduziu o valor da ajuda para R$ 300 por mais quatro meses. O benefício ajudou milhões de brasileiros a enfrentarem o período da pandemia pelo coronavírus (Covid-19), mas a redução vai […]

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Depois de pagar 5 parcelas de R$ 600 (ou R$ 1.200 para mães que sejam chefes de família) de auxílio emergencial, o governo federal reduziu o valor da ajuda para R$ 300 por mais quatro meses. O benefício ajudou milhões de brasileiros a enfrentarem o período da pandemia pelo coronavírus (Covid-19), mas a redução vai tirar o poder de compra de muitas famílias.

Para termos noção do que é possível fazer com esse valor, nossa reportagem selecionou os principais itens da cesta básica para ver o que dá para comprar. A maioria dos preços foram retirados da pesquisa do Procon-MS, realizada em agosto em 19 mercados de Campo Grande. (A pesquisa completa ficará disponível no fim da reportagem)

Em primeiro lugar, é preciso destacar que a última pesquisa divulgada pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) apontou que o preço da cesta básica em Campo Grande custava R$ 479,79 em julho.

O que dá para comprar com R$ 300?

Vamos imaginar que nosso personagem irá comprar os itens nos locais mais baratos, conforme a pesquisa. O primeiro item que vamos acrescentar em nosso carrinho é o pacote de 5kg de arroz. É possível encontrá-lo por R$ 14,99, considerando o melhor preço verificado pelo Procon nos estabelecimentos. Agora, estamos com R$ 285,01.

Para combinar com o arroz, vamos acrescentar dois pacotes de 1 kg de feijão, que pode ser encontrado por R$ 4,69. Assim, nossa conta vai para R$ 24,37. Ao acrescentarmos 4 pacotes de macarrão tipo espaguete, somando mais R$ 8,76. Se acrescentarmos três frascos de óleo de soja de 900 ml, pagando R$ 4,95 cada, são mais R$ 14,85.

Outro item bastante utilizado é o leite longa vida. Por isso, colocamos em nosso carrinho uma caixa com 12 unidades ao preço de R$ 3,60 cada, totalizando R$ 43,30. Já gastamos R$ 91,18 – quase um terço do total – e compramos apenas 5 alimentos.

Também vamos adicionar dois pacotes de 2kg do açúcar cristal, que pode ser comprado por R$ 3,55. Então, são mais R$ 7,10 na conta. Para a bolacha cream cracker mais em conta encontradas nos mercados de Campo Grande, serão necessários mais R$ 5,18 e, se acrescentarmos mais dois de bolacha de maisena, gastamos mais R$ 7,78.

O tradicional café também é um item da cesta básica e pode ser encontrado por R$ 5,69. Vamos adicionar dois e teremos que pagar mais R$ 11,38. Para não se perder, já gastamos R$  114,84.

Agora a situação começa a complicar. Segundo o governo federal, são necessários 6 kg de carne. Se pegarmos uma carne de 2ª moída, conseguimos encontrar por uma média de R$ 17. Já são mais R$ 102 na nossa compra. O total usado até aqui são R$ 216,84.

Ainda temos R$ 83,16, que vamos utilizar para comprar frutas, verduras e legumes. Para o consumo de 6 kg de batata ao mês, nossa família fictícia iria ter que gastar R$ 14,94. Já para 9 kg de tomate, seria em torno de R$ 32. Uma cartela com 30 ovos pode ser encontrada por R$ 10. Até aqui, foram mais R$ 56,94 usados. Nos restam R$ 26,22 que podem ser utilizados com banana nanica, por exemplo.

Conclusão

Com o valor, é possível fazer uma compra bem básica dos itens da cesta básica, levando em consideração que você compre sempre no melhor preço, o que é bem inviável. Foram incluídos itens básicos e não há muito espaço para alterações. Sem contar que não contamos materiais de limpeza e de higiene pessoal, que também são essenciais.

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