A intenção de consumo das famílias campo-grandenses registrou índice abaixo dos 90 pontos em junho. A última vez que o indicador esteve nesse patamar foi em junho de 2018, quando indicou 89,3 pontos. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (1º) pela Fecomércio-MS (Federação do Comércio).

A pesquisa IFC (Intenção de Consumo das Famílias) vem apresentando queda desde janeiro deste ano. De lá para cá o índice despencou 22,3 pontos, caindo de 109,9 para os 87,6 registrados em junho. Ou seja, em 5 meses caiu o que levou dois anos para alcançar.

O levantamento indica ainda que as famílias da classe A e B – aquelas com rendimento mensal superior a 10 salários mínimos – foram as mais pessimistas. Entre eles, o índice ficou em 76, enquanto que para famílias das classes C, D e E o índice foi de 89,9.

Metade dos entrevistados indicou que está comprando menos em relação ao ano passado. Para 86,4% dessas famílias, a perspectiva de consumo é igual ou pior quando comparado com 2019.

“Os efeitos da pandemia do coronavírus também afetam a confiança e a intenção do consumo das famílias, corroborando com os novos hábitos de compra do consumidor. O medo do desemprego e da redução na renda familiar deixam as famílias mais cautelosas, com receio de gastar”, explica a economista da Fecomércio-MS, Daniela Dias.

Pesquisa

A pontuação 100 é a base dessa pesquisa, que mede o grau de satisfação em termos de seu emprego, renda e capacidade de consumo. Quanto menor, pior é a avaliação dos entrevistados. O limite de contentamento é 200.

Então, foram entrevistadas 500 famílias residentes em Campo Grande. O intervalo de confiança da pesquisa é de 95%.