O Dia das Mães, celebrado no próximo domingo (10), é uma das principais datas do ano para o ramo das floriculturas, ao lado do Dia dos Namorados e do Dia Internacional da Mulher. Porém, a pandemia do novo coronavírus reduziu as expectativas do segmento neste ano. Em Campo Grande, floriculturas estimam redução de até 50% na venda de produtos como ramalhetes e cestas de café da manhã.
A solução, portanto, foi requalificar os produtos para torná-los mais acessíveis. Ramalhetes de rosas, por exemplo, já são vendidos em versões econômicas, com apenas três botões de rosa, ao custo de R$ 40. As cestas de café da manhã também foram enxugadas e podem ser adquiridas por R$ 60. Tudo para a data não passar “em branco”.
Atendente em uma floricultura na Avenida Mato Grosso, Maria Aparecida, de 52 anos, admite que a procura diminuiu. Desde o ano passado, a venda por WhatsApp ganhou espaço e já responde a cerca de 50% das negociações – o que em tese resolve o problema dos clientes que não saem às ruas.
“Igual aos anteriores não vai ser. Mas, estamos sim na expectativa. Estamos tentando vender mais os ramalhetes, que agora estamos oferecendo com três botões, a R$ 39,90. Antes, o mais barato, com 6 rosas, custava R$ 60. Diminuímos o tamanho e os preços porque assim tentaremos vender mais”, revela.
As cestas de café da manhã também foram repaginadas e o que antes poderia variar de R$ 120 a R$ 360, já pode ser encontrado numa versão mais em conta, por R$ 60 – as mini-cestas.
“Vamos apostar nesse formato porque nessa pandemia, quem tem dinheiro? Temos que nos reinventar”, comenta Livia Cardoso, proprietária da floricultura Marrocos, também na Avenida Mato Grosso. Segundo ela, já parece certo uma queda de 50% no faturamento.
O lado positivo, no entanto, é que os clientes parecem mais decidido. “Tinha muita gente que vinha pra ver, ficava olhando e não comprava nada. Agora, eu diria que 95% já vem sabendo o que querem”, conclui Cardoso.
Nova dinâmica
Já há alguns anos empresas do ramo decidiram apostar nas vendas on-line e na divulgação em redes sociais para incrementar as vendas. A estratégia se tornou ainda mais necessária em 2020, quando os clientes precisam ser “caçados” pelas lojas.
Na Floricultura Varanda a estratégia garantiu estabilidade nas vendas. “A procura continua grande. Como as pessoas ainda não estão saindo de casa, elas estão pedindo on-line”, conta uma atendente, que destacou existência de produtos personalizados.
Além das vendas por WhatsApp e pela internet, as floriculturas também se adaptaram a uma nova dinâmica de vendas após o início da pandemia. Com limpeza redobrada, disponibilização de álcool em gel e cuidado na confecção dos itens à venda, já tem até floricultura que aposta no modelo “drive trhu”.
“Colocamos a placa para alertar que atendemos no carro, o cliente nem precisa sair. É um sistema novo, que diminui a exposição”, finaliza Maria Aparecida.
