O dólar opera em alta nesta quinta-feira e já subiu à máxima a R$ 5,3445 (+1,59%) no mercado à vista, após o Copom cortar a de 3% para 2,25% ao ano e indicar possível nova redução residual em agosto, confirmando as apostas do mercado.

Com o corte de 0,75 ponto da Selic na quarta-feira, o juro real brasileiro já é negativo em -0,78%, de acordo com cálculos do site MoneYou e da Infinity Asset Management, e desestimula ingresso de capitais estrangeiros no Pais, segundo operadores. Cautela política e aversão a risco nos mercados internacionais pesam também no ajuste de alta, pela nona sessão seguida por enquanto.

O trader Luis Felipe Laudisio dos Santos, da Renascença DTVM, diz em comentário à imprensa que a prisão de Fabrício Queiroz provoca reflexos negativos nos ativos brasileiros. A operação da Civil e do Ministério Público que prendeu Queiroz nesta manhã também teve como alvo uma atual assessora do senador . Trata-se de Alessandra Esteves Marins, que exerce um cargo de confiança no gabinete do parlamentar, com salário de R$ 8.996,28.

Em dezembro de 2018, o Estadão revelou que Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, foi citado em um relatório do antigo Conselho de Controle e Atividades Financeiras (Coaf) por movimentar R$ 1,2 milhão em sua conta de maneira “atípica”, o que arrastou o gabinete do filho do presidente Jair Bolsonaro para o centro de uma investigação do Ministério Público Estadual

Mais cedo, a queda de 9,73% do IBC-BR em abril ante março, com ajuste, foi menos intensa que a mediana negativa de 10,24% das projeções do mercado (intervalo de -16% a -8,4%) e agora fica em segundo plano.

No exterior, o dólar se fortaleceu ante divisas principais e emergentes mais cedo, após os Estados Unidos informarem que os pedidos de auxílio- no país caíram a 1,508 milhões, menos do que a previsão, que era de queda a 1,3 milhões.

Às 9h40 do horário de Brasília, o dólar no mercado à vista subia 0,91%, a R$ 5,3060. O dólar futuro para julho avançava 1,55%, a R$ 5,3140, ante máxima a R$ 5,3480 (+2,22%).