Dólar desacelera alta após bater em R$ 4,50, mas fecha em novo nível recorde
Após bater em R$ 4,50 no início da tarde, a valorização do dólar perdeu um pouco de fôlego e a moeda fechou em R$ 4,47, novo recorde histórico. A preocupação com o coronavírus seguiu como foco principal dos investidores e declarações do governo de Israel, de que o país está prestes a desenvolver a primeira […]
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Após bater em R$ 4,50 no início da tarde, a valorização do dólar perdeu um pouco de fôlego e a moeda fechou em R$ 4,47, novo recorde histórico. A preocupação com o coronavírus seguiu como foco principal dos investidores e declarações do governo de Israel, de que o país está prestes a desenvolver a primeira vacina, ajudaram a trazer algum alívio temporário no mercado internacional. Aqui, operadores ressaltaram que os ruídos políticos ganharam hoje peso importante para o enfraquecimento do real, com o temor de que as manifestações de apoio do governo atrapalhem a aprovação de reformas, mesmo aquelas dadas como certas, como a independência do Banco Central. No mercado à vista, o dólar fechou em alta de 0,79%, a R$ 4,4764, a sétima alta seguida e novo recorde histórico. No início da noite, o BC anunciou novo leilão extra de dólar para a manhã desta sexta-feira, de US$ 1 bilhão.
A moeda americana sobe 4,47% no mês, isso depois de ter registrado alta de 6,8% em janeiro. Assim, o real é a moeda com pior desempenho no mercado internacional no mês e no ano, considerando uma cesta de 34 divisas fortes e emergentes.
O sócio-fundador da Veedha Investimentos, Rodrigo Marcatti, ressalta que o dólar vem se fortalecendo no mundo todo, por causa da aversão ao risco gerada pelo avanço do coronavírus. Mas a convocação feita pelo presidente Jair Bolsonaro no WhatsApp para protestos contra o Congresso, no próximo dia 15, agravou a situação, fazendo o risco-País subir. O Credit Default Swap (CDS) de cinco anos do Brasil bateu hoje em 133 pontos, alta de 40 pontos em relação a segunda-feira, chegando ao maior nível desde outubro.
Marcatti diz que a busca de proteção no câmbio por tesourarias também ajuda a pressionar a moeda americana. Já o BC hoje colocou mais US$ 1 bilhão no mercado em dinheiro novo, via swap cambial (venda de dólar no mercado futuro). Ontem, havia injetado US$ 500 milhões.
Para um ex-diretor do BC, a estratégia da instituição para o câmbio deixa claro que o BC não quer mudar a tendência do mercado ou determinar um preço para o dólar. O objetivo é dar liquidez, disse ele, destacando que esta semana a visão é que a demanda maior estava no mercado futuro e não no à vista. Por isso, a opção por swap. Ele avalia que o discurso do governo não ajuda, ao não mostrar pragmatismo e ainda gerar ruídos desnecessários, que repercutem mal aqui e lá fora. Ele avalia que o investidor estrangeiro não vai voltar enquanto “o crescimento econômico não começar a impressionar”.
Por enquanto, bancos seguem cortando as estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. Hoje foi o Bank of America Merrill Lynch que reduziu de 2,2% a 1,9% a estimativa de alta em 2020. Já o dólar deve ficar em R$ 4,00 ao final deste ano, prevê o banco americano.
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