Pular para o conteúdo
Economia

Crise? Saldo da balança comercial de MS cresce 28% e superávit é de quase US$ 2 bilhões

Soja e carne registram aumento e celulose, mesmo com queda no preço internacional, eleva vendas em cenário da pandemia do coronavírus.
Arquivo -

Mesmo com o cenário adverso de uma crise econômica sem precedentes, alicerçada na retração comercial por conta da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o primeiro semestre foi positivo para Mato Grosso do Sul. A balança comercial no período cresceu 28,27% em relação ao mesmo período de 2019 e o saldo positivo já soma US$ 1,993 bilhão.

Soja, celulose e carnes (bovina e de aves), tripé da economia sul-mato-grossense, puxaram a evolução das negociações internacionais. Os dados são da Carta de Conjuntura do Setor Externo de Junho, divulgada nesta segunda-feira (6) pela (Secretaria de , Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar).

O documento destaca que a cotação do dólar caiu 7,92% em junho na comparação com maio, sendo negociada em média a R$ 5,19. Porém, na comparação com junho de 2019, a desvalorização do real perante o dólar foi de quase 35%. Com o câmbio favorável ao dólar, o bruto das exportações avançou.

De janeiro a junho deste ano, apenas as exportações de soja cresceram 38,74% na comparação com o primeiro semestre de 2019. Foram 3,22 milhões de toneladas, frente as 2,21 milhões de toneladas negociadas no ano passado.

Soja e carne registram aumento e celulose, mesmo com queda no preço internacional, eleva vendas em cenário da pandemia do coronavírus.
Soja, celulose e carnes bovina e de aves lideram as vendas do Estado no exterior. (Imagem: Reprodução)

Já a celulose registrou queda nas exportações de 14,64% em termos de valor. Foram US$ 899 milhões negociados, ante os US$ 1,05 bilhão do primeiro semestre de 2019. Contudo, os embarques foram bem maiores: 2,32 milhões de toneladas, ante os 2,17 milhões do período comparado, alta de 6,71% –a retração seria resultado da queda do preço no mercado internacional.

Em relação às carnes, houve variações positivas de faturamento nos dois casos, mas comportamentos diferenciados quanto ao volume negociado. Sobre a carne de bovinos e outros produtos de carne, as vendas de janeiro a junho foram de US$ 363,9 milhões, contra os US$ 362,2 milhões registrados no mesmo período do ano passado, uma variação de 0,47%.

No entanto, os dados apontam que a carne seguiu em alta no período, em que pese o constante fechamento do mercado chinês para frigoríficos brasileiros. As exportações brutas caíram de 108,8 mil toneladas para 98,1 mil toneladas.

Já o crescimento dos negócios com carnes de aves subiu 25,34%. Foram 77,5 mil toneladas vendidas, contra 56,7 mil no primeiro semestre do ano passado. O faturamento subiu de US$ 100,7 milhões para US$ 126,2 milhões.

A Semagro também destacou que as exportações de óleos e gorduras vegetais e animais cresceram 124,52% no período (saindo de 92,8 milhões de toneladas e US$ 238,5 milhões para 208,4 milhões de toneladas e US$ 570,3 milhões); a de açúcar avançou 263,45% (de US$ 15,5 milhões para US$ 56,3 milhões e 223,1 milhões de toneladas vendidas); e as de ferro-gusa subiram 71,22% (US$ 17,7 milhões e 69 milhões de toneladas embarcadas).

“No acumulado do ano, o câmbio favorável resultou em melhoria da remuneração dos exportadores”, afirmou o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, lembrando que a taxa cambial caiu de R$ 5,64 de maio para os R$ 5,19 em junho.

Gás natural representou 55,5% das importações de MS no primeiro semestre

O titular da Semagro também apontou que houve retração nos pagamentos pelo gás natural, que entra no faturamento do ICMS estadual e registrou queda de 7,84% na negociação por conta do dólar. Foram comprados 2,31 milhões de toneladas do produto, ao custo de US$ 535,8 milhões, frente aos 2,12 milhões de toneladas do ano passado, que movimentaram US$ 581,4 milhões.

O gás natural representou sozinho 55,5% da pauta de importações. Segundo colocado, os produtos químicos inorgânicos tiveram variação positiva de 42%: saíram de 283,7 mil toneladas e US$ 86,2 milhões movimentados para 537,7 mil toneladas e US$ 122,45 milhões.

Os tecidos tiveram retração de 41%: no primeiro semestre de 2019, foram 25,9 mil de toneladas e US$ 87,3 milhões em movimentação; e agora foram US$ 51,4 milhões e 17,74 mil toneladas.

China aumenta participação e responde por mais de 50% das compras de produtos de MS

Soja e carne registram aumento e celulose, mesmo com queda no preço internacional, eleva vendas em cenário da pandemia do coronavírus.
China, Argentina, EUA e Hong Kong são os principais compradores de produtos de MS. (Imagem: Reprodução)

A China aumentou sua participação nas compras de produtos sul-mato-grossenses, de 46,8% do total exportado para 50,56%. O total movimentado saiu de US$ 1,25 bilhão para US$ 1,49 bilhão. Quarto maior parceiro comercial do país, Hong Kong ampliou as compras em 21,23%: o território sob gestão chinesa havia negociado US$ 84,1 milhões com o Estado no ano passado e, agora, somou US$ 101,9 milhões.

“Ainda não estamos sofrendo nenhuma sanção desses mercados, mas temos um diálogo constante com o setor. Em junho, tivemos um crescimento expressivo de 25,34% nas exportações de carnes de aves e registramos estabilidade na carne bovina. Esses itens, junto com a soja e celulose, são absorvidos, em sua maior parte, pelo mercado chinês, daí a nossa preocupação e monitoramento”, destacou Verruck, sobre a atenção com o parceiro asiático.

Entre o primeiro e o quarto na lista de compradores internacionais, estão Argentina e Estados Unidos, que reduziram os valores negociados com o Estado, respectivamente, de US 162,7 milhões e US$ 142,6 milhões para US$ 136,7 milhões e US$ 123 milhões.

O maior crescimento proporcional veio da Indonésia, nona maior parceira comercial do Estado, que elevou de US$ 35,4 milhões para US$ 50,3 milhões as compras locais. Também tiveram boa evolução o (37,29%) e o Japão (35,8%).

Dourados eleva participação nas exportações de MS em mais de 100% em 2020

Soja e carne registram aumento e celulose, mesmo com queda no preço internacional, eleva vendas em cenário da pandemia do coronavírus.
Três Lagoas, , Campo Grande e lideram exportações de MS. (Imagem: Reprodução)

O Porto de Santos continua sendo a principal porta de saída dos produtos sul-mato-grossenses para o exterior, com 2,86 milhões de toneladas despachadas. No Estado, Porto Murtinho superou Corumbá, sendo o quarto principal ponto de exportação –com 3,26 mil toneladas, frente a 3,13 do terminal corumbaense.

Quanto aos municípios exportadores, Três Lagoas segue como principal vendedor externo, mas com retração de 12,35% (fruto da queda das vendas de celulose). Foram US$ 1,13 bilhão de janeiro a junho de 2019 e US$ 992,9 milhões no período deste ano. A cidade teve participação de 43,25% no faturamento do Estado.

Já Dourados viu sua importância na balança comercial crescer 102,65%, com vendas que saltaram de US$ 172,3 milhões para US$ 349,3 milhões, fechando com 15,21% de participação. A cidade superou Campo Grande (8,27% das vendas internacionais do Estado e US$ 189,9 milhões negociados).

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

‘Se for sua hora, aceite’, disse Gilberto Gil quando Preta Gil estava em quadro grave

Emissão de laudos e manutenção de equipamentos médicos vão custar R$ 23,7 milhões a MS

Motorista fica ferido após bater contra carreta na BR-262, em Campo Grande

aposentadoria inss

Reembolso de descontos ilegais do INSS começa a ser pago na quarta-feira

Notícias mais lidas agora

Ex-chefe de licitações do governo de Reinaldo pode ser condenado por rombo de R$ 6,3 milhões no HRMS

Assassino que matou ex-amante da mulher no Coophavila estava foragido por tráfico

Carolina Dieckmann mostra últimos dias de Preta Gil: ‘Como você lutou…’

Mulher é esfaqueada no abdômen por confeiteira e tem vísceras expostas em Campo Grande

Últimas Notícias

Transparência

Cezário faz nova tentativa de levar sua destituição da FFMS ao STJ

Assembleia tirou Cezário da presidência após 28 anos na FFMS

Polícia

Ex-policial civil é presa por desvio de fianças de delegacia em Campo Grande 

Ex-escrivã havia sido condenada a 5 anos por peculato

Política

Comissão Parlamentar de Recesso na Câmara de Campo Grande tem 1ª semana sem urgências

Seis vereadores fazem parte da comissão, sendo quatro do PSDB, um do PP e outro do Podemos

Cotidiano

Coophavilla II recebe ação itinerante da CCZ na próxima sexta-feira

Atendimento oferece exames para cães e gatos e identificação de espécies de escorpiões