O cotidiano das pessoas no mundo inteiro sofreram alterações devido à da Covid-19, o novo coronavírus. Teletrabalho, o ‘home-office', foi uma das medidas que foram adotadas rapidamente e explorar o universo on-line passou a ser o principal direcionamento das empresas em .

O investimento em delivery e vendas on-line nunca passou pela cabela da empresária Rúbia Colpani, de 38 anos, antes do coronavírus. Proprietária de uma papelaria e professora de curso de artesanato, ela viu a necessidade de pensar em novas formas de vender e também dar continuidade ao curso.

Quem já voltou ao trabalho em Campo Grande fala dos hábitos pós-coronavírus
Foto: Leonardo de , Midiamax

Antes, o curso tinha 10 vagas, mas com a pandemia, ela precisou fazer as aulas on-line e, com isso, a turma cresceu para 100 pessoas. O que tem movimentado as vendas são os kits necessários para realizar o curso.

“O meu retorno está vindo da venda dos materiais. A pessoas começam a assistir a live e precisam do material. Ela vem até a papelaria retirar o kit, que custa R$ 33,90 ou pede para entregar, para que possa fazer a aula de casa. Essa alternativa veio para ser uma solução para a crise e que vai ficar”, disse Rúbia.

Quem já voltou ao trabalho em Campo Grande fala dos hábitos pós-coronavírus
Rúbia | Foto: Leonardo de França, Midiamax

A empresária ainda comenta que tem recebido ótimos feedbacks de alunos do curso de artesanato e avalia que apesar da crise, as pessoas ficaram mais unidas dentro de casa.

“Uma mãe me contou que graças a live do curso de artesanato, a filha dela de 14 anos saiu do celular e assiste às aulas com ela para aprender a fazer camiseta Taidai, que é uma moda entre os jovens”, comentou com a reportagem.

A funcionária de Rúbia, Elaine Castro, disse que a época pós-coronavírus a ensinou a trabalhar com novas formas de vendas e que também o que mais aprendeu, foi ter paciência. “A demanda é muito grande para lidar com clientes on-line. Sobre as normas de biossegurança, acredito que é algo novo, nunca precisamos. Incomoda um pouco usar, mas é para proteger”, disse.

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Elaine | Foto: Leonardo de França, Midiamax

Teletrabalho: a nova modalidade

O teletrabalho foi uma realidade distante há um tempo atrás para a maioria das empresas, mas que diante da pandemia, se viram na necessidade de tornar o home-office uma nova rotina de serviço.

Quem já voltou ao trabalho em Campo Grande fala dos hábitos pós-coronavírus
Túlio Anzilieiro | Foto: Leonardo de França, Midiamax

E não foi diferente no escritório de advocacia de Túlio Anzilieiro. O advogado conta que os colaboradores já trabalhavam pontualmente com o home-office e que a presença no escritório sempre era para reuniões, verificação e esclarecimento de dúvidas. Com o coronavírus, o teletrabalho se tornou uma rotina 100% necessária.

Com três colaboradores no escritório, Túlio conta como tem sido a nova experiência. “Fiquei de 15 a 20 dias trabalhando direto com home-office. Nesses dias passei por duas situações. Como colega de trabalho, me vi em casa tentando acessar um banco de dados que meus colegas estavam tentando acessar. Como administrador, passei pela experiência de administrar uma reunião online. Apesar de tudo, parece que estamos mais unidos e trabalhamos mais do que antes”, disse o advogado.

O escritório já adotou as medidas de biossegurança e Túlio afirma que são normas que vieram para ficar. “As pessoas passaram a ter mais higiene. Nós já tínhamos essa prática do álcool em gel, pelo fato do contato entre as mãos. Acredito que, pelo fato de estarmos usando máscara, o índice da também vai até diminuir”, afirmou.

Com a nova rotina fluindo, o advogado também destaca que tanto o escritório como os colaboradores acabam economizando diante do teletrabalho. “O colaborador economiza para se deslocar até o local de trabalho, a empresa economiza na conta de luz, café. Mesmo quando [a pandemia] passar, acredito que não vai voltar a ser como era antes, nós vamos aprender uma maneira diferente de conviver e trabalhar”, pontou.