Comércio de MS deve abrir 730 vagas temporárias de fim de ano, aponta CNC

Projeção da CNC (Confederação Nacional do Comércio) prevê a abertura de 730 vagas temporárias de fim de ano em Mato Grosso do Sul. Com a crise provocada pela pandemia do coronavírus, o número é o menor dos últimos cinco anos, de acordo com a entidade.

A maioria das vagas, cerca de 30%, deve ser preenchida pelas lojas de vestuário e calçados, que enfrentam dificuldades. “Este ramo do varejo vem apresentando mais dificuldades de recuperar o nível de vendas anterior ao início do surto de covid-19”, explica o economista responsável pelo estudo, Fábio Bentes.

Em seguida, aparecem as lojas de artigos de uso pessoal e doméstico (13,7%), supermercados (13,4%), móveis e eletrodomésticos (6,2%) e demais segmentos representam 6,7%.

Pesquisa local divulgada nesta quarta-feira por entidades do comércio de MS mostram que os empresários estão pouco confiantes para as vendas de fim de ano. Do total ouvido em 20 municípios do Estado, 62% acreditam que vão vender menos no Natal deste ano. Lembrando que a data é a principal do varejo, com maior faturamento para o setor.

Remuneração aumenta

Por outro lado, o salário médio que será pago a esses trabalhadores temporários deverá ser de R$ 1.319, valor 4,6% maior em comparação com o mesmo período do ano passado. Os maiores salários deverão ser pagos pelas lojas especializadas na venda de produtos de informática e comunicação (R$ 1.618) e pelo ramo de artigos farmacêuticos, perfumarias e cosméticos (R$ 1.602) – contudo, estes segmentos deverão responder por apenas 7% das vagas.

Em relação às profissões, a Confederação estima que nove em cada dez vagas criadas devem ser preenchidas pelas cinco ocupações mais demandadas nesta época do ano: vendedores (34,6 mil), operadores de caixa (12,1 mil), atendentes (8,2 mil), repositores de mercadorias (6,9 mil) e embaladores de produtos (2,9 mil). Operadores de caixa (R$ 2.272,78) e repositores de mercadorias (R$ 1.576,24) devem receber os maiores salários médios.

A taxa de efetivação dos temporários após o Natal deverá ser a menor dos últimos quatro anos. Segundo Fabio Bentes, a queda é explicada pela incerteza quanto à capacidade da economia e do consumo de sustentar o ritmo de recuperação nos próximos meses. “É um cenário distinto daquele observado até 2014, quando, em média, 30% dos trabalhadores contratados costumavam ser efetivados”, conclui o economista da CNC.