Pular para o conteúdo
Economia

Com pedido de calamidade contra coronavírus, governo deve ampliar rombo fiscal em R$ 200 bi

O Palácio do Planalto informou na noite de terça-feira (17), que pedirá ao Congresso Nacional o reconhecimento do estado de calamidade pública para ampliar os gastos com o objetivo de enfrentar a pandemia do novo coronavírus. O governo Jair Bolsonaro, em nota, justificou que a medida garantirá recursos para a “proteção da saúde e empregos […]
Arquivo -

O informou na noite de terça-feira (17), que pedirá ao o reconhecimento do estado de calamidade pública para ampliar os gastos com o objetivo de enfrentar a pandemia do novo coronavírus. O governo Jair Bolsonaro, em nota, justificou que a medida garantirá recursos para a “proteção da saúde e empregos dos brasileiros” diante da perspectiva de queda de arrecadação. Se aprovada, a medida terá efeito até 31 de dezembro de 2020.

De acordo com um integrante da equipe econômica, o governo deve divulgar na próxima sexta-feira que fechará as contas com rombo de R$ 155 bilhões, acima da meta atual, que permite déficit de até R$ 124 bilhões. No entanto, essa previsão toma como base crescimento da economia de 2,1% em 2020. Como a projeção está defasada, a equipe econômica vai ter liberdade para atualizar a previsão de déficit para o ano. O jornal O Estado de S. Paulo apurou que será preciso que as contas fechem com rombo de até R$ 200 bilhões para dar conta da necessidade de ampliação de gastos para enfrentar a crise.

O artigo 65 da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), marco legal das contas públicas para União, Estados e municípios, permite a suspensão de metas fiscais na ocorrência de calamidade pública, incluindo a necessidade de bloqueios no Orçamento. No caso da União, a calamidade precisa ser reconhecida pelo Congresso. As assembleias legislativas e câmaras de vereadores devem fazer o mesmo.

Duas frentes novas de medidas estão sendo desenhadas: um benefício temporário de renda para os trabalhadores informais e a suspensão temporária dos contratos de trabalho para empresas em dificuldade. O trabalhador que tiver o contrato suspenso receberá seguro desemprego do governo. O foco é o setor de serviços, o mais afetado pela crise. Essa medida já foi adotada na crise financeira internacional de 2008 e deve custar cerca de R$ 15 bilhões.

O presidente Jair Bolsonaro informou que o ministro da Economia, Paulo Guedes, está preparando um programa de auxílios aos trabalhadores informais. “Algo parecido com um voucher. Está faltando definir o montante e como é que você vai organizar esse pagamento”, afirmou. O jornal O Estado de S. Paulo apurou que, a depender do tempo em que o benefício ficar em vigor, o custo do programa pode ficar em torno de R$ 20 bilhões.

O governo ainda terá que administrar a perda de receita com a queda do petróleo e com o PIB mais fraco. Para cada 0,1 ponto porcentual de PIB menor, a receita diminui entre R$ 1,5 bilhões e R$ 2 bilhões. Relatório da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado apontou uma queda de R$ 17 bilhões de receitas da União relacionadas a royalties do petróleo.

Outros R$ 16 bilhões de receita com a privatização da Eletrobrás terão que ser retirados da previsão de arrecadação devido à dificuldade de aprovação de projeto de lei de privatização da estatal.

O governo também terá que administrar a redução dos dividendos dos bancos públicos e da Petrobrás, que terão lucro menor. Esse dinheiro iria reforçar o caixa da União.

Também está em discussão pela equipe do ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, para tocar R$ 10 bilhões de obras paradas com injeção de recursos orçamentários.

Um integrante da equipe econômica disse ao jornal O Estado de S. Paulo que a mudança da meta dá mais liberdade para o governo administrar a necessidade de caixa, sem precisar mexer no teto de gasto (regra que limita o crescimento das despesas acima da inflação).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Últimos dias para realizar inscrições de processo seletivo com salário de até R$ 11,1 mil

‘Teerã vai queimar’, diz Israel após ataques de mísseis

Número de mortos em enchentes na África do Sul sobe para 86

poliana e leonardo

Poliana Rocha ganha carrão avaliado em R$ 460 mil de Leonardo

Notícias mais lidas agora

Propina da JBS: Reinaldo apela ao STJ para desbloquear R$ 277 milhões da Vostok

nasa park

Após negar recurso, Justiça tenta ‘conciliar’ Nasa Park e família vítima do rompimento da barragem

ipva

Isenção do IPVA: compare os descontos aplicados em MS e nos demais estados do país

Mãe é morta após tiro acidental disparado por filho de 2 anos em MS

Últimas Notícias

Mundo

Desfile militar para aniversário de Trump e atos pró-imigrantes acirram polarização nos EUA

Desfile acontece em meio a tensões entre Irã, Israel e influência dos EUA

Cotidiano

Vizinha se incomoda com latidos e aciona PM no Bairro Mata do Jacinto

PM não registrou denúncia, pois não constatou maus-tratos de animais

Cotidiano

Levou ‘calote’ de prestador de serviço? Procon MS explica como denunciar

Golpes de prestador de serviços têm aumentado especialmente nas redes sociais

Esportes

Operário tem duelo fora de casa e chances de ir para Série A2

Até o momento, não há transmissão confirmada com imagens