Auxílio e rescisão motivam pequenas reformas e aquecem vendas em lojas de bairros

Lojas de bairro que vendem materiais para construção registraram aumento de até 40% nas vendas, mesmo du rante a pandemia em Campo Grande.

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materiais de construção
Trabalhadores do setor de materiais de construção terão aumento (Foto: Henrique Arakaki/Jornal Midiamax)

Lojas de materiais de construção comemoram alta de até 40% na venda de produtos durante a pandemia em Campo Grande. A demanda é tanta que em alguns estabelecimentos já estão em falta itens básicos como tijolo.

É o caso da loja Marimar, no Bairro Aero Rancho, que registrou alta de cerca de 40% nas vendas, conforme a proprietária Maria José. Assim, ela acredita que os trabalhadores que receberam acerto de empresas e beneficiários dos programas do Auxílio Emergencial e saques do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço). “O limite das vendas não ultrapassa R$ 600”, disse Maria José.

Ainda conforme a empresária, já estão faltando materiais básicos como tijolo. “Na cerâmica estão dando prazo de 10 a 15 dias para entregar [tijolos], sendo que antes entregavam no dia seguinte”, informou.

Outro fator que está relacionado com essa procura maior por itens para fazer pequenas reformas na casa é o isolamento social. “As pessoas estão aproveitando que estão em casa para construir”, pontuou a sócia-proprietária da Marimar.

Também é o caso da loja de materiais para construção Cunha, que registrou aumento de 25% a 30% nas vendas no período. Para o proprietário, Edival Adorno da Cunha, os benefícios do governo e rescisões com empresas aqueceram o setor.

“As vendas melhoraram mesmo com a pandemia. Acredito que motivada pela questão do benefício de R$ 600 e também pode ser o acerto com empresa. São compras para reformas pequenas”, declarou.

Alta demanda e reajuste

A Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) divulgou pesquisa mostrando que em maio o setor faturou 10,6% a mais do que abril e que a venda de produtos usados em acabamentos foi a que mais cresceu – aumento de 17,5%.

Assim, nem mesmo o aumento médio de 5% no preço dos materiais espantaram os clientes. Os mais impactados, segundo os lojistas, foram, justamente, os materiais básicos como tijolo e cimento.

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