A permissão para a venda direta de por distribuidoras, aprovada na quinta-feira (18), pela ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) não preocupa os revendedores do Estado.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Revendedores de Gás do Mato Grosso do Sul, Vilson de Lima, a revogação das resoluções editadas pelo governo em 2016, que proibiam a venda direta do gás de cozinha por distribuidoras, não irá impactar o comércio para os revendedores.

“O consumidor já era livre para comprar direto de distribuidores e agora vai voltar a ser. O custo para uma distribuidora vender direto ao consumidor é altíssimo, porque tem que ter toda uma estrutura. Hoje as companhias não têm caminhões próprios, os veículos e toda a parte de logística e distribuição é feita por terceiros”, afirma Lima.

Conforme o diretor-geral da ANP, Décio Oddone, com a revogação das resoluções, o preço do gás que é comercializado entre R$ 70 e R$ 100, cairá significativamente.

“A questão do GLP [gás de cozinha] é crucial, hoje o preço médio é R$ 70, mas tem lugares que são R$ 100. O valor do produto corresponde a cerca de R$ 26, os tributos são R$ 12 e o resto são as margens de distribuição e revenda”, explicou o diretor-geral da ANP.

Em MS, de acordo com o presidente do sindicato dos revendedores, mesmo comprando direto de distribuidores os preços do gás variam no Estado, entre R$ 57 e R$ 80. Ainda conforme Vilson de Lima, os revendedores não estão preocupados com essa revogação.

“Não tem ninguém preocupado. Como que uma empresa vai, do dia para à noite, comprar todos os depósitos de gás do Brasil e estabelecer uma empresa em cada bairro? Seria muito difícil”, afirmou.