O ano foi positivo para e mostra que a economia ‘recuperou fôlego' no estado em 2019. O crescimento nos setores de comércio, agropecuária e indústria em 2019 representam uma esperança de dias melhores. No estado, o setor que mais se destacou foi o agropecuário, com um crescimento de 10,8%.

A estimativa do Departamento Técnico da (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) aponta um crescimento do VBP (Valor Bruto de Produção) em 10,89% neste ano. Com isso, o faturamento do setor salta de R$ 32,7 bilhões para R$ 36,3 bilhões.

“O principal destaque do VBP agrícola foi o da cultura do milho, que evoluiu 72% com safra recorde em 2019. Os destaques do VBP da pecuária foram a suinocultura e a bovinocultura de corte, que aumentaram 26% e 18%, respectivamente”, explica gerente técnico da Famasul, José Pádua. Segundo a federação, as perspectivas para a agropecuária em MS são muito positivas. A expectativa é que o VBP agropecuário sul-mato-grossense tenha evolução de 11% entre 2019 e 2020.

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, comenta que o setor agropecuário cresceu no Brasil em 2019 e MS está inserido no contexto. Ela destaca o aumento de produção e produtividade na safra de grãos em relação ao ano passado.

Conforme dados do Ministério, o VBP (Valor Bruto da Produção Agropecuário) do estado em 2019 está estimado em R$ 33,2 bilhões, sendo que R$ 21 bilhões são gerados pelas lavouras e R$ 12,2 bilhões devem-se à pecuária. “Cana-de-açúcar, milho e soja representam 58,6% do Valor da Produção de MS em 2019. A pecuária também teve neste ano um bom desempenho no estado, com um crescimento de 11%”, pontua.

O setor de comércio é um dos que mais movimenta a economia de Mato Grosso do Sul e teve avanços em 2019. Dados da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) de 2017 (o último ano disponível), apontam que o setor de comércio e serviços corresponde a 41% do PIB (Produto Interno Bruto) de MS.

A economista da Fecomercio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), Daniela Dias, explica que os indicadores deste ano estão melhores do que os do ano passado. Segundo ela, houve uma intensificação do processo de recuperação da economia e a intenção de consumo voltou a ser positiva.

“A confiança empresarial também alcançou índices positivos e embora a taxa de desemprego continue em patamar elevado, neste ano houve mais admissões que demissões e a inadimplência reduziu”, pontua. Segundo a economista, foi um ano difícil, mas esperançoso com relação ao futuro. Para a Fecomercio, dentre os destaques que permitiram essas expectativas estão: liberação do FGTS (Fundo de Garantia de Tempo de Serviço); Lei de Liberdade Econômica; Cadastro Positivo e reformas essenciais.

Dados da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) apontam que o varejo cresceu quase 3% em 2019 e a expectativa para 2020 é de um crescimento superior a 5%. Para Mato Grosso do Sul, no acumulado do ano, os resultados também foram positivos para 2019 e alcançaram 6,4% de aumento no volume de vendas, ou seja, acima da média nacional, conforme dados da pesquisa mensal do comércio do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em 2018, esse percentual foi de, aproximadamente, 5%.

Dados da Semagro mostram que a indústria também cresceu em MS no ano de 2019. O PIB (Produto Interno Bruto) Industrial passou de R$ 20,4 bilhões para R$ 21,7 bilhões em 2019. A expectativa da (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul) aponta um crescimento de 6,45% para o ano que vem.

A indústria também teve um bom desempenho na contratação formal de trabalhadores. Após quatro anos de queda no número de empregos formais, a indústria começou a recuperar o fôlego em 2018 e continuou o ritmo em 2019. Este é o segundo ano consecutivo com ampliação de vagas na indústria, com 126,1 mil pessoas empregadas.

Dados da Fiems ainda mostram que a estimativa para este ano é de um aumento de 3% na receita da exportação de produtos industriais em MS. Atualmente, a indústria corresponde a 68% da receita total de exportação do Estado.

Os principais segmentos na indústria em 2019 foram de frigoríficos e produtos de carne (com produção de R$ 14,2 bilhões); sucroenergética (R$ 6,3 bilhões); papel e celulose (R$ 6 bilhões); alimentos e bebidas (R$ 3,8 bilhões) e construção (R$ 3,2 bilhões).