O (Comitê de Política Monterária) do anunciou na quarta-feira (18) a redução de 6% para 5,5% ao ano da Selic, a taxa básica de juros utilizada para calcular a maioria dos encargos vigentes na economia brasileira. Este é o menor patamar atingido pelo índice desde que foi criado.

Ok. Mas, isso influencia na vida das pessoas?

Muito! Por ser uma taxa básica, ela influencia em transação bancária, como empréstimos, investimentos, cheque especial e juros de cartão de crédito. Quando a está alta, o dinheiro fica “mais caro”. Quando está baixa, o dinheiro fica mais “barato”.

Porém, consumidores têm boas oportunidades pela frente. Com a Selic a 5,5% e é a mais baixa da história, é o momento de fazer a revisão das dívidas de médio e longo prazo, como financiamentos de carro ou casa.

“O consumidor pode buscar a reparação nos contratos, que foram firmados sobre juros maiores. Esse é um bom momento para fazer a portabilidade de dívidas e pagar menos juros”, aponta o educador financeiro Reinaldo Domingos, no canal Dinheiro à Vista.

Portabilidade de dívidas é quando um banco compra a dívida de um cliente de outro banco e passar a ser o novo credor do cliente. Por exemplo: um empréstimo de R$ 10 mil que sai a R$ 15 mil no preço total após a quitação pode ficar bem mais barato.

Na prática, isso significa mais dinheiro no bolso, que pode ser utilizado tanto para quitar dívidas de curto prazo, como para fomentar o consumo. “A queda da Selic incentiva o consumo. A produção e o crescimento das empresas também são incentivados, pois a queda de juros para a tomada de créditos também favorece o pagamento das dívidas”, explica o educador.

Lado ruim

Por outro lado, a queda da taxa Selic pode trazer prejuízos para outro segmento da economia: quem investe dinheiro em títulos de rendimento. A maioria deles, como a poupança, está atrelado à Selic. “Logo todos passarão a render menos”, aponta Domingos.

Segundo ele, os adeptos deste tipo de investimento precisam ser muito cautelosos. Um procedimento comum deste grupo é investir apenas na linha que aparentemente tem a maior rentabilidade, o que pode trazer prejuízos.

“Por mais que os números apontem investimentos a princípio mais vantajosos, vários fatores devem ser avaliados, como impostos e taxas, e o principal critério deve ser o prazo para a realização do sonho: curto, médio ou longo”, explica o educador.