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Economia

Poupança encerra 1º semestre com saques superando depósitos em R$ 14,499 bi

Após relativa reação nos últimos dois anos, a caderneta de poupança voltou a registrar resultados negativos em 2019. Nos primeiros seis meses do ano, os saques superaram os depósitos na poupança em R$ 14,499 bilhões, conforme dados divulgados nesta quinta-feira, 4, pelo Banco Central. No mesmo período de 2018, o resultado havia sido positivo, com […]
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Após relativa reação nos últimos dois anos, a caderneta de voltou a registrar resultados negativos em 2019. Nos primeiros seis meses do ano, os saques superaram os depósitos na poupança em R$ 14,499 bilhões, conforme dados divulgados nesta quinta-feira, 4, pelo Banco Central. No mesmo período de 2018, o resultado havia sido positivo, com os depósitos superando os saques em R$ 7,350 bilhões.

As retiradas líquidas de recursos da poupança no primeiro semestre deste ano ocorrem em um ambiente de fraqueza da economia e alto desemprego. Com menos dinheiro para fechar as contas, muitas famílias voltaram a recorrer aos recursos depositados na caderneta para fazer frente às despesas mensais. A situação tem semelhanças com o que ocorreu nos anos de 2015 e 2016, quando a recessão econômica provocou a saída líquida de cerca de R$ 95 bilhões da poupança. Em 2017 e 2018, houve certa reação, com a poupança recebendo depósitos líquidos de R$ 55 bilhões. Em 2019, os saques voltaram a se intensificar.

Em junho, no entanto, o saldo foi positivo: os poupadores depositaram R$ 2,498 bilhões líquidos. A cifra foi resultado de aportes de R$ 189,920 bilhões e saídas de R$ 187,422 bilhões. Com isso, o saldo total da poupança atingiu R$ 800,647 bilhões, já considerando o rendimento de R$ 2,989 bilhões creditado no mês.

Dos seis primeiros meses do ano de 2019, houve resgates líquidos em quatro deles: janeiro (R$ 11,232 bilhões), fevereiro (R$ 4,021 bilhões), abril (R$ 2,878 bilhões) e maio (R$ 718,7 milhões). Já os depósitos líquidos foram registrados em março (R$ 1,853 bilhão) e junho (R$ 2,498 bilhões).

Outro fator que tem prejudicado os saldos da poupança está ligado à própria rentabilidade da aplicação – considerada baixa em relação a outras opções disponíveis. Atualmente, a poupança é remunerada pela taxa referencial (TR), que está próxima de zero, mais 70% da Selic (a taxa básica de juros da economia). A Selic, por sua vez, está em 6,50% ao ano desde março de 2018.

Esta regra de remuneração vale sempre que a Selic estiver abaixo dos 8,50% ao ano. Quando estiver acima disso, a poupança é atualizada pela TR mais uma taxa fixa de 0,5% ao mês (6,17% ao ano). Esta remuneração, mais elevada, deixou de valer em setembro de 2017, quando a Selic passou para abaixo do nível de 8,50%.

Não bastassem as dificuldades para fechar as contas, os brasileiros também não possuem o hábito de poupar. Dados do Banco Mundial mostram que, em 2017, apenas 32% dos brasileiros com mais de 15 anos de idade guardaram alguma quantia de dinheiro – seja na caderneta, seja em qualquer outra aplicação financeira. A média global é de 48% e nos países de alta renda o porcentual é de 73%.

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