Pular para o conteúdo
Economia

Mudanças no Orçamento de 2020 abrem quase R$ 7 bi no teto de gastos

As mudanças no Orçamento de 2020 abrirão espaço de R$ 6,969 bilhões no teto de gastos para o próximo ano. A liberação do espaço consta da mensagem modificativa do projeto de Orçamento que tramita no Congresso Nacional. Segundo o secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, a nova folga no teto de […]
Arquivo -
O secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia
O secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia

As mudanças no Orçamento de 2020 abrirão espaço de R$ 6,969 bilhões no teto de gastos para o próximo ano. A liberação do espaço consta da mensagem modificativa do projeto de Orçamento que tramita no Congresso Nacional.
Segundo o secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, a nova folga no teto de gastos significa que o governo poderá gastar mais no próximo ano caso consiga obter receitas extraordinárias. Ele citou como possível fonte de arrecadação extra os leilões dos campos de Atapu e Sépia, na área do pré-sal, que poderão render até R$ 24,4 bilhões líquidos ao Tesouro.

O secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, apresenta o projeto da proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2020.
O secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues – Fabio Rodrigues Pozzebom/Arquivo/Agência Brasil
A revisão para baixo de gastos obrigatórios abriu espaço para o teto de gastos. Além disso, o governo reduziu as despesas discricionárias (não obrigatórias) de seis ministérios e da Presidência da República, explicou Rodrigues.

Entre os gastos obrigatórios, o fim da multa de 10% do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para o empregador, anunciado pelo secretário no mês passado, abriu espaço de R$ 5,6 bilhões no Orçamento. A redução da estimativa de salário mínimo para R$ 1.031 diminuiu em R$ 1,4 bilhão a estimativa de gastos com a no próximo ano. Isso porque cerca de 80% dos benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) são de um salário mínimo.

O governo também revisou para baixo o orçamento de pessoal em R$ 8,43 bilhões, por causa de mudanças na política de contratação de professores substitutos em universidades federais, do fim do impacto de reajustes parcelados concedidos em 2016 e de reduções de estimativas com o pagamento de servidores de ex-territórios federais e com o passivo de estatais.

Gastos que subiram
A queda nas despesas obrigatórias foi compensada pela alta de R$ 3,3 bilhões na estimativa de abono salarial. Segundo o secretário de Orçamento Federal, George Soares, a mudança foi necessária porque, em outubro, o Senado derrubou o artigo da reforma da Previdência que limitava o pagamento do abono a trabalhadores com carteira assinada que ganham 1,2 salário mínimo. Enviado ao Congresso no fim de agosto, o projeto de lei do Orçamento considerava o texto aprovado na Câmara, que previa a restrição ao abono salarial.

Paralelamente, a equipe econômica teve de incluir nos gastos obrigatórios R$ 7,5 bilhões de investimentos dos Ministérios da Defesa (R$ 4,1 bilhões); da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (R$ 3,1 bilhões) e da Agência Nacional de Águas (R$ 200 milhões). Durante a tramitação do Orçamento, o Congresso aprovou emenda que proíbe o contingenciamento (bloqueio) de investimentos nesses órgãos, tornando essas despesas obrigatórias.

Menos verbas
Parte desses R$ 7,5 bilhões foi obtida com a revisão para baixo das despesas obrigatórias. No entanto, o governo teve de reduzir R$ 5,4 bilhões de gastos discricionários de seis ministérios e da Presidência da República.

A pasta mais afetada será a Defesa, com redução de R$ 2,4 bilhões na verba de custeio, seguida pelos Ministérios de Infraestrutura (R$ 950 milhões), Justiça e (R$ 850 milhões), Educação (R$ 600 milhões), Economia (R$ 430 milhões) e Minas e Energia (R$ 61 milhões). A Presidência da República também terá o orçamento para despesas discricionárias cortado em R$ 270 milhões.

A mensagem modificativa reduziu a estimativa de receitas líquidas em R$ 7,1 bilhões. Os principais motivos foram a extinção do seguro DPVAT, que retirou R$ 1 bilhão do Orçamento de 2020, as desonerações do Contrato Verde e Amarelo, que terão impacto de R$ 2 bilhões na arrecadação da Previdência Social, e a revisão de R$ 7,8 bilhões para R$ 6,5 bilhões na estimativa de pagamento de dividendos de estatais ao Tesouro Nacional.

Regra de ouro
A estimativa de rombo na regra de ouro foi diminuída de R$ 367 bilhões para R$ 361 bilhões. No entanto, o resultado negativo efetivo pode cair para cerca de R$ 160 bilhões com devoluções de títulos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ao Tesouro e com o recebimento de parte dos lucros do em 2018 e 2019.

Instituída pelo Artigo 167 da Constituição, a regra de ouro determina que o governo precisa de autorização do Congresso para emitir títulos públicos que financiem gastos correntes, como Previdência Social, gastos com pessoal e Bolsa Família.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Flamengo sofre gol no fim e deixa escapar boa vantagem diante do Estudiantes na Libertadores

Assaltantes armados são presos na região de fronteira

Lula se reunirá com Celso Sabino após União exigir saída do governo em 24 horas

Mulher viveu em cárcere privado por mais de 20 anos no Paraná

Notícias mais lidas agora

claudinho

STJ manda soltar Claudinho Serra após 105 dias preso por chefiar corrupção em Sidrolândia

Falhas na denúncia do MPMS livram empresário de ação por fraudar licitações

Policiais civis dizem que remoções são retaliações após críticas sobre plantões na Deam

TipStrike revoluciona a análise esportiva com previsões de futebol baseadas em estatísticas

Últimas Notícias

Polícia

Homem morre ao cair de carro em movimento em estrada vicinal

O motorista apresentava sinais visíveis de embriaguez

Polícia

Homem é preso por esfaquear e agredir companheira

A vítima disse que as agressões são recorrentes

Mundo

Terremoto atinge a Rússia e dispara alerta breve de tsunami

Sistema de Alerta de Tsunami do Pacífico emitiu brevemente uma ameaça de tsunami

Polícia

Mulher morre no hospital um mês após acidente causado por motorista bêbado

O bafômetro indicou 0,71 mg/L de álcool no organismo