Uma semana após o anuncio do MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento) suspendendo 32 marcas de azeite do mercado, a Associação Brasileira de Produtores, Importadores e Comerciantes de Azeite de Oliveira, divulgou que o Brasil teve um crescimento de 14% na exportação de azeite de oliva quando comparado a 2018.

O levantamento foi feito pelo COI (Conselho Oleícola Internacional), onde mostrou que o Brasil exportou 61,9 mil toneladas de azeite entre outubro de 2018 e maio de 2019, 14% a mais que na temporada anterior. Apenas Japão (23%) e (15%) registraram maior crescimento.

Ainda de acordo com o COI, a importação de azeitona também está em alta no Brasil. Entre setembro de 2018 e maio de 2019, entraram no país 89,1 mil toneladas de azeitona, um aumento de 11%.

A presidente da Associação Brasileira de Produtores, Importadores e Comerciantes de Azeite de Oliveira, principal entidade ligada ao azeite no Brasil, Rita Bassi acredita que o aumento de consumo é um reflexo da conscientização da população sobre os benefícios do azeite à saúde.

“Além de seu sabor, o azeite é um importante aliado no combate a doenças, colesterol e na perda de peso. Um de nossos objetivos enquanto associação é disseminar informações sobre esses benefícios, e isso têm impactado no consumo. Hoje, boa parte dos brasileiros sabem que azeite e saúde caminham lado a lado”, disse a presidente por meio de assessoria.

Azeites ‘batizados'

O MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento) retirou do mercado 32 marcas de azeites por conta de adulteração no produto. Em junho deste ano, os moradores de Campo Grande chegaram a ser orientados pelo a procurar o órgão para denunciar estabelecimentos que vendiam falsos azeites. Uma fábrica clandestina em São Paulo chegou a ser descoberta e foi identificado que as marcas estariam misturando óleos e colocavam essências.

Confira a lista:

  1. Aldeia da Serra
  2. Barcelona
  3. Casa Medeiros
  4. Casalberto
  5. Conde de Torres
  6. Dom Gamiero
  7. Donana
  8. Flor de Espanha
  9. Galo de Barcelos
  10. Imperador
  11. La Valenciana
  12. Lisboa
  13. Malaguenza
  14. Olivaz
  15. Olivenza
  16. One
  17. Paschoeto
  18. Porto Real
  19. Porto Valencia
  20. Pramesa
  21. Quinta da Boa Vista
  22. Rioliva
  23. San Domingos
  24. Serra das Oliveiras
  25. Serra de Montejunto
  26. Temperatta
  27. Torezani
  28. Tradição
  29. Tradição Brasileira
  30. Três Pastores
  31. Vale do Madero
  32. Vale Fértil

No ano, já são 38 marcas que foram retiradas de circulação. Em julho, o governo já havia suspendido 6 marcas:

  1. Oliveiras do Conde
  2. Quinta Lusitana
  3. Quinta D'Oro
  4. Évora
  5. Costanera
  6. Olivais do Porto

O governo afirma que a maior parte das fraudes foi feita com a mistura com óleo de e óleos de origem desconhecida. As fiscalizações que detectaram as 32 marcas irregulares são resultantes da Operação Isis, iniciada em 2016. No caso destas marcas, o ministério realizou a coleta dos produtos para análise entre 2017 e 2018.