O MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento) retirou do mercado 32 marcas de azeites por conta de adulteração no produto. Em junho deste ano, os moradores de Campo Grande chegaram a ser orientados pelo Procon-MS a procurar o órgão para denunciar estabelecimentos que vendiam falsos azeites. Uma fábrica clandestina em São Paulo chegou a ser descoberta e foi identificado que as marcas estariam misturando óleos e colocavam essências.
Confira a lista:
- Aldeia da Serra
- Barcelona
- Casa Medeiros
- Casalberto
- Conde de Torres
- Dom Gamiero
- Donana
- Flor de Espanha
- Galo de Barcelos
- Imperador
- La Valenciana
- Lisboa
- Malaguenza
- Olivaz
- Olivenza
- One
- Paschoeto
- Porto Real
- Porto Valencia
- Pramesa
- Quinta da Boa Vista
- Rioliva
- San Domingos
- Serra das Oliveiras
- Serra de Montejunto
- Temperatta
- Torezani
- Tradição
- Tradição Brasileira
- Três Pastores
- Vale do Madero
- Vale Fértil
No ano, já são 38 marcas que foram retiradas de circulação. Em julho, o governo já havia suspendido 6 marcas:
- Oliveiras do Conde
- Quinta Lusitana
- Quinta D'Oro
- Évora
- Costanera
- Olivais do Porto
O governo afirma que a maior parte das fraudes foi feita com a mistura com óleo de soja e óleos de origem desconhecida. As fiscalizações que detectaram as 32 marcas irregulares são resultantes da Operação Isis, iniciada em 2016. No caso destas marcas, o ministério realizou a coleta dos produtos para análise entre 2017 e 2018.
Fraude aprimorada
Segundo o governo, o processo é lento, pois envolve exames laboratoriais, notificação dos fraudadores, perícias, períodos para apresentação de defesa (podem apresentar dois recursos) e julgamentos desses recursos em duas instâncias administrativas.
Segundo a Coordenação de Produtos Vegetais do Ministério, praticamente não existe mais estoque no mercado desses lotes que foram reprovados, já que os remanescentes foram destruídos após o julgamento dos processos administrativos.
No entanto, o Ministério da Agricultura alerta que é possível que os consumidores encontrem ainda outros lotes das mesmas marcas. “Embora os supermercados tenham sido alertados quanto às marcas que sistematicamente produzem azeite fraudado, muitos comerciantes ainda insistem em vender esse tipo de produto em razão do baixo preço”, diz o ministério em nota.
O Ministério da Agricultura afirma que, usualmente, os fraudadores não têm endereço conhecido. Por isso, o governo passou a autuar os supermercados e espera-se que, com essa medida, seja reduzida a oferta de produtos fraudados.
*Com informações G1