Os chineses precisam importar e Mato Grosso do Sul pode fornecer. Essa é a observação do secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck. Ontem (31), teve um almoço-debate em , com os chineses.

Atualmente, a China é o principal parceiro comercial do Estado, onde recebe quase 50% de tudo que Mato Grosso do Sul exporta. Apenas 2% do volume de exportações para os chineses, são de carne processada de ave.

No evento realizado no Yotedi, estiveram reunidos empresários brasileiros e chineses, além do ministro da Embaixada da República da China, Song Yang; e o deputado federal por São Paulo Fausto Pinato, presidente da Frente Parlamentar Brasil China.

Song Yang se mostrou incentivado e esparançoso, depois de ter recebido a visita recente do vice-presidente da República, Carlos Mourão, animando o governo chinês e estabelecendo alicerces de uma nova parceria que pode render bons frutos ao Brasil, disse Yang.

Em 2018, Brasil e China negociaram US$ 111 bilhões. No primeiro trimestre deste ano, a conta já supera US$ 34 milhões. A China produz o dobro de grãos que o Brasil, mas sua população é 17 vezes maior, portanto precisa importar. E a produção brasileira excede muito o consumo interno.

O secretário da Semagro apresentou aos chineses, a produção de carnes de Mato Grosso do Sul – que a China precisa para suprir o mercado interno. No ano passado o Estado abateu e processou 165.540.386 unidades de frango, 1.930.032 cabeças de suínos e 3.293.545 cabeças de bovinos. “Queremos continuar exportando soja, farelo de soja para a China, mas temos a oportunidade de negociar também carne animal processada e isso muito nos interessa”, frisou.

Verruck chamou a atenção dos chineses para a carne de frango do Estado e lembrou em seu discurso, que apenas 1,62% dos turistas estrangeiros que visitaram Mato Grosso do Sul no ano passado são chineses. “Temos muitos atrativos, o Pantanal, Bonito, os chineses precisam saber disso e precisam conhecer. Vamos investir em campanhas de publicidade lá na China”, afirmou.

Outra área que o Estado pretende ter parceria com a China é no setor de infraestrutura. Os chineses têm a maior rede ferroviárias de trens de alta velocidade do mundo, supera todos os países, juntos. Tem tecnologia e recursos para investir. Verruck apresentou o traçado do projeto de ferrovia bioceânica ligando o porto de Santos, em São Paulo, passando pela Bolívia até chegar aos portos peruanos ou descer para a Argentina, por Antofagasta e chegar ao Chile. Mato Grosso do Sul está no centro dessa rota. “Queremos encurtar em 14 dias a viagem dos produtos brasileiros até a China saindo pelo Pacífico”.