Parceria firmada entre o MPT (Ministério Público do Trabalho), Funtrab (Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul), e Comissão Permanente de Investigação e Fiscalização das Condições de Trabalho e Coletivo dos Trabalhadores Indígenas garantiu trabalho para cerca de 3.500 índios de Mato Grosso do Sul, que foram contratos por empresas do Rio Grande do Sul e Santa Catarina para colher maçãs.

De acordo com o Governo do Estado, os índios assinaram contrato de trabalho, onde está garantido salário de R$ 1.200,00, mais ganho de produtividade e verbas rescisórias. O pagamento é feito apenas no final do contrato por meio de depósito em conta e o saque pode ser feito apenas na cidade onde moram os indígenas. As regras foram estabelecidas em audiência realizada em novembro do ano passado.

Neste ano, cinco empresas assinaram contratos com os índios para a colheita da maça da variedade Gala. Na segunda quinzena deste mês, tem início a colheita da variedade Fuji, mas em menor escala. A Rasip, uma das maiores produtoras dessa fruta no país, está com 2.300 pessoas atuando na colheita, sendo que 50% são índios de Mato Grosso do Sul. São 1.100 hectares de pomares, e a expectativa é colher 50 mil toneladas, segundo Alecir Webber, responsável pelas contratações.

Outra empresa que utiliza a mão de obra indígena do Estado é a Frutini. Neste ano, de acordo com o coordenador de contratação dos trabalhadores, Nilson Bossardi, a produção deve ser de aproximadamente 14 mil toneladas de maça nos 500 hectares plantados. A empresa distribui frutas para vários estados, inclusive Mato Grosso do Sul.

Todos saíram do Estado já com os contratos assinados e na última semana de fevereiro representantes de cada instituição parceira estiveram nas empresas verificando o cumprimento do que foi acertado, como alojamento, alimentação e assistência à saúde, além das condições de trabalho nas lavouras.