Alguns riscos no cenário internacional declinaram, mas outros permanecem, diz BC

O Banco Central publicou nesta sexta-feira, 18, apresentação feita pela diretora de Assuntos Internacionais, Fernanda Nechio, em evento em Washington, nos Estados Unidos. Na apresentação, Fernanda retoma avaliação presente em comunicações recentes do BC sobre o cenário internacional, a de que “alguns riscos declinaram, mas outros permanecem”. Gráfico incluído na apresentação da …

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
Reprodução
Reprodução

O Banco Central publicou nesta sexta-feira, 18, apresentação feita pela diretora de Assuntos Internacionais, Fernanda Nechio, em evento em Washington, nos Estados Unidos. Na apresentação, Fernanda retoma avaliação presente em comunicações recentes do BC sobre o cenário internacional, a de que “alguns riscos declinaram, mas outros permanecem”.

Gráfico incluído na apresentação da diretora do BC mostra um abrandamento do crescimento projetado para 2019 em países centrais, em especial, e no próprio Produto Interno Bruto (PIB) global. Fernanda também cita, em sua apresentação, uma “elevada incerteza” e um “grande declínio” no comércio global, inclusive com elevação de um índice de incerteza – o World Uncertainty Index (WUI) – a partir de meados de 2019.

Em outro gráfico incluído na apresentação, Fernanda Nechio cita “sinais iniciais” de desaceleração do setor de serviços em três países: Estados Unidos, Alemanha e Japão.

Neste contexto, registra a apresentação, bancos centrais de economias desenvolvidas, como Estados Unidos, Reino Unido e Zona do Euro, estão revisando suas políticas monetárias.

Ao tratar do Brasil, Fernanda Nechio retomou outra ideia que consta em documentos recentes do BC: a de que os dados de atividade sugerem “retomada do processo de recuperação econômica”. Para o BC, a recuperação ocorrerá em “ritmo gradual”

A diretora citou ainda, na apresentação, “ganhos graduais” na área de emprego e “crescimento robusto” na área de crédito. Segundo ela, as projeções para o setor externo brasileiro também são “confortáveis”, assim como o nível de reservas internacionais.

Ao mesmo tempo, Fernanda Nechio indicou, por meio da apresentação, que a recessão profunda enfrentada pelo Brasil nos últimos anos revelou desafios fiscais. Ela afirmou, porém, que a reforma da Previdência será aprovada pelo Congresso, o que representará uma economia significativa. A diretora lembrou ainda que está em curso um programa de desinvestimento e de privatizações por parte do governo brasileiro, além de um processo de modernização do mercado de câmbio.

Esta modernização do mercado de câmbio passa, segundo a apresentação, pela simplificação, pela consolidação e pela segurança jurídica. Fernanda cita ainda a meta de internacionalização do real e o monitoramento e a supervisão mais eficientes do mercado de câmbio.

Em outro ponto da apresentação, Fernanda Nechio lista iniciativas do BC na área microeconômica. Entre elas, o estímulo a fintechs e programas de educação financeira.

No fim da apresentação, Fernanda destacou ainda que a Selic (a taxa básica de juros), atualmente em 5,50% ao ano, está em seu menor nível da história. Em um gráfico, ela pontuou ainda que a curva de juros vem caindo nos últimos anos no Brasil, no contexto do recuo da Selic.

Fernanda Nechio participa nesta sexta de uma série de eventos em Washington, nos Estados Unidos, onde ocorrem reuniões promovidas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

Conteúdos relacionados

Bolsa Família
salário