No sexto dia de manifestação dos caminhoneiros, Campo Grande já enfrenta a falta de gás liquefeito de petróleo, o conhecido gás de cozinha. A reportagem do Midiamax ligou para várias revendedoras e apenas duas confirmaram que ainda tem estoque, sendo que apenas uma garante que terá gás até a manhã de domingo (26).
Em contato com uma revenda localizada no bairro Coronel Antonino, o produto era vendido por R$ 75, mas acabou todo o estoque neste sábado (26). Em outra revendedora localizada no Jardim Popular, o estoque está quase zerado.
“Estamos com estoque quase zerado só garantimos para hoje, só temos poucas unidades”, disse o proprietário.
No Carandá Bosque também não é possível encontrar mais botijões neste final de semana. O mesmo acontece em uma revendedora no bairro Vilas Boas, onde botijão com 13 quilos era vendido por R$ 75 em média, mas teve seu estoque zerado hoje pela manhã.
Apenas no Bairro Santo Amaro, na Avenida Júlio de Castilho, a reportagem conseguiu encontrar uma revendedora que ainda possui estoque de botijões, porém são poucas unidades. De acordo com o proprietário é vendido apenas uma unidade por cliente, e ele garante. “Tenho poucas unidades, que devem durar até a manhã de domingo dependendo da procura”, disse.
Entramos em contato com outras distribuidoras, porém algumas já não atendiam ao telefone.
Conforme informado por um funcionário de companhia de Gás, a Copagaz não tinha gás desde a última quinta-feira, assim como a Supergasbrás localizada no Bairro Serradinho. Já a Liquigás parou o abastecimento nessa sexta-feira e só abasteceu a Capital, devido a paralisação, não conseguiu chegar até o interior.
Paralisação
A greve dos caminhoneiros entre em seu 6º dia consecutivo neste sábado (26) nas rodovias federais e estaduais de Mato Grosso do Sul. Ao todo, são 65 trechos bloqueados nas rodovias e a categoria, que não aceitou proposta do governo que incluía manter a redução de 10% no preço diesel, seguem sem previsão de encerramento da greve.
Nesta sexta-feira (25), o presidente Michel Temer (MDB), fez pronunciamento no Palácio do Planalto autorizando o uso de forças federais de segurança para liberar as rodovias bloqueadas pelos caminhoneiros caso as estradas não sejam desbloqueadas pelo movimento.