FCO tem R$ 2,2 bi, mas mudanças devem afetar contratações pelos empresários

Perspectivas para setor rural são boas

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Perspectivas para setor rural são boas

Os recursos disponíveis do FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste) para Mato Grosso do Sul chegam a R$ 2,2 bilhões, porém o setor empresarial terá empecilhos para contratações. Já o setor rural tem boas perspectivas e conta, em janeiro,  com R$ 80 milhões que foram liberados na primeira reunião do Conselho Estadual de Investimentos Financiáveis realizada nesta quarta-feira (24).

Em relação às contratações do fundo pelos empresários, o Governo do Estado acredita que, com a entrada em vigor da TLP (Taxa de Longo Prazo) – que será anunciada mensalmente pelo Banco Central – os empresários fiquem temerosos quanto à contratação de recursos.

O Governo do Estado por meio da Semagro, já havia se manifestado contra a mudança da taxa por acreditar que 2018 ainda é um ano de recuperação e a decisão pode comprometer a aplicação de recursos.

“A Semagro está pedindo a reversão da TLP, já conversamos com deputados e Governo Federal e estamos pedindo pressão das entidades para que se mantenha em 2018 a taxa fixa no FCO visto que o problema também vai surgir no rural em julho, quando há a mudança da taxa do setor”, destacou o secretário.

O adiantamento das contratações para o agronegócio é uma solução que a Semagro e o Bando do Brasil enxergam para minimizar o problema durante o ano. “Num momento de crise, quando temos uma retomada da contratação esse posicionamento unilateral do Ministério da Fazenda, mostra que eles estão tratando o FCO como uma linha de financiamento tradicional e básica sem olhar que é uma linha de fomento de desenvolvimento. Mais uma vez o Governo Federal olha para o caixa e não olha para o desenvolvimento”, finaliza Jaime Verruck.

FCO tem R$ 2,2 bi, mas mudanças devem afetar contratações pelos empresários

TLP

A TLP que já valia para empréstimos do BNDES, passou a reger as contratações dos fundos constitucionais desde janeiro. O índice é composto pela variação do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) e pela taxa de juros prefixadas na NTN-B (Notas do Tesouro Nacional) vigente na hora da contração da linha de crédito, conforme noticiado pelo Estadão.

A taxa aplicada anteriormente era a a TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo),  definida a cada três meses com base na meta da inflação para o ano. Na prática, a TLP terá os mesmos patamares que a TJLP, mas com o tempo o índice deverá se igualar aos juros de mercado.

Setor rural

O montante de R$ 80 milhões já liberados na reunião do Conselho Estadual de Investimentos Financiáveis para os produtores rurais representam um recorde para o mês, segundo Verruck.

“Não tivemos em nenhum momento de janeiro um volume de recursos dessa ordem, mostrando que o setor vai ter um desempenho positivo ao longo do ano”, avalia o secretário.

Outra notícia anuncia boas perspectivas para o setor. Além do valor já liberado, outros R$ 100 milhões já estão sendo analisados pela equipe.

Conteúdos relacionados

Bolsa Família
salário