O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), considerado a inflação oficial do país, divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (7), colocou Campo Grande como a segunda capital com maior inflação em outubro. A variação foi de 0,71%, acima dos 0,46% registrado no mês de setembro.

O item Alimentação e Bebidas puxou a alta da inflação em Campo Grande (1,51%), seguido pelos Transportes (1,18%). O índice só foi maior em Porto Alegre (0,72%), influenciado pela alta de nos preços do tomate e da gasolina. O menor índice (0,21%) foi registrado nas regiões metropolitanas de Recife e do Rio de Janeiro.

Nacionalmente, com forte influência dos alimentos, das bebidas e dos transportes, a inflação atingiu 0,45% em outubro, o maior índice para o mês desde 2015, quando ficou em 0,82%. O acumulado no ano (3,81%) ficou acima do registrado em igual período do ano passado (2,21%). O acumulado nos últimos 12 meses subiu para 4,56%, enquanto havia registrado 4,53% nos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2017, a taxa atingiu 0,42%.

Transportes apresentou, ainda, a maior variação entre os grupos de produtos e serviços pesquisados, além de exercer o principal impacto no índice de setembro, com 0,17 p.p. Os combustíveis foram o destaque desse grupo pelo segundo mês consecutivo, com 2,44% de variação e 0,14 p.p. de impacto, o que equivale a aproximadamente um terço do IPCA. Todos os itens apresentaram desaceleração na passagem de setembro para outubro: etanol (de 5,42% para 4,07%), óleo diesel (de 6,91% para 2,45%), gasolina (de 3,94% para 2,18%) e gás veicular (de 0,85% para 0,06%).

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, e se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além de Brasília e dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.