O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de setembro variou 0,46% acima da taxa de -0,18% registrada em agosto, em Campo Grande. O índice é considerado a inflação oficial do país e foi divulgado nesta sexta-feira (5) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Em Campo Grande, entre os itens que pesaram na inflação do mês estão os combustíveis que tiveram variação de gasolina (5,20%); etanol (3,43%) e óleo diesel (6,30%). O item alimentação no domicílio teve variação de 0,67% na Capital. Foi o segundo maior, perdendo apenas para Brasília (0,71%).

Nacionalmente, o IPCA de setembro variou 0,48%, acima da taxa de -0,09% registrada em agosto. Este resultado é o maior para um mês de setembro desde 2015, quando o IPCA registrou 0,54%.

O acumulado no ano ficou em 3,34%, acima do 1,78% registrado em igual período do ano passado. Na ótica dos últimos doze meses, o índice ficou em 4,53%, acima dos 4,19% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em setembro de 2017, a taxa atingiu 0,16%.

À exceção dos grupos Vestuário (-0,02%) e Comunicação (-0,07%), os demais apresentaram variação positiva nos níveis de preços de agosto para setembro. Respondendo por cerca de 43% das despesas das famílias, os grupos Alimentação e bebidas e Transportes, que em agosto apresentaram deflação, -0,34% e -1,22%, respectivamente, em setembro apresentaram altas de 0,10% e 1,69%.

De acordo com o IBGE, Após a queda de 1,22% em agosto, o grupo dos Transportes (1,69%) apresentou-se com a maior variação dentre os grupos de produtos e serviços pesquisados, além de exercer o principal impacto no índice de setembro, com 0,31 ponto percentual (p.p.). Para um mês de setembro, a variação de 1,69% é a maior desde a implantação do Plano Real em 1994, sendo, também, a segunda variação acima de 1,00% no período (em setembro de 1994 a alta foi de 1,22%).

O destaque do grupo foram os combustíveis que saíram da queda de 1,86%, em agosto, para 4,18%, em setembro, representando 0,24 p.p. de impacto no IPCA, ou 50% do índice. Ainda nos Transportes, o item passagem aérea também se destacou com alta de 16,81%, após a queda de 26,12% registrada em agosto.