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Economia

Juro cai a 10,25% e é o menor desde 2013, na 1ª decisão pós-delação da JBS

Decisão repete corte feito em abril
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Decisão repete corte feito em abril

O Copom (Comitê de Política Monetária) do BC () decidiu nesta quarta-feira (31) cortar a taxa básica de juros () em 1 ponto percentual, de 11,25% para 10,25% ao ano. A decisão foi unânime. 

Com isso, a Selic volta ao seu menor nível desde novembro de 2013, quando os juros estavam em 10% ao ano. A decisão repete o corte feito em abril, quando o BC também derrubou a taxa em 1 ponto percentual: de 12,25% para 11,25%.

Em nota (leia íntegra abaixo), o BC afirmou que suas projeções “envolvem maior grau de incerteza” e que o principal fator de risco é “sobre a velocidade do processo de reformas e ajustes na economia”.

Essa foi a primeira reunião do BC para definir os juros desde que o governo de Michel Temer foi atingido pelas delações de executivos da JBS. O escândalo veio à tona em 17 de maio. 

Antes disso, analistas de mercado chegaram a apostar num corte de 1,25 ponto na taxa de juros, já que a inflação tem se mantido baixa (foi de 4,08% em 12 meses, até abril), mas a economia ainda se recupera em ritmo lento.

Juros X Inflação

Os juros são usados pelo BC para tentar controlar a inflação. De modo geral, quando a inflação está alta, o BC sobe os juros para reduzir o consumo e forçar os preços a caírem. Quando a inflação está baixa, o BC derruba os juros para estimular o consumo. Juro cai a 10,25% e é o menor desde 2013, na 1ª decisão pós-delação da JBS

A meta em 2017 é manter a inflação em 4,5% ao ano, mas há uma tolerância de 1,5 ponto, ou seja, pode variar entre 3% e 6%.

Por outro lado, os juros também interferem no crescimento econômico. Quando estão altos, a tendência é as empresas investirem menos na produção e as famílias consumirem menos, o que prejudica o crescimento. 

Juros para o consumidor são mais altos

A Selic é a taxa básica da economia e serve de referência para outras taxas de juros (financiamentos) e para remunerar investimentos corrigidos por ela. Ela não representa exatamente os juros cobrados dos consumidores, que são muito mais altos.

Segundo os últimos dados divulgados pelo BC, a taxa de juros do cheque especial em abril era de 328,3% ao ano. Já os juros do rotativo do cartão de crédito eram de 422,5% ao ano.

Decisão dentro do esperado

A decisão veio dentro do esperado. A maioria dos economistas consultados pelo BC no Boletim Focus e pela agência de notícias Reuters esperava corte de 1 p.p. na Selic.

Dos 38 economistas ouvidos pela Reuters, 30 acertaram a nova taxa de juros. Cinco profissionais previram corte de 0,75 p.p., dois citaram redução de 1,25 p.p. e apenas um acreditava em uma redução 0,5 ponto.

Sexta queda seguida

O BC reduziu a Selic pela sexta vez seguida. A redução dos juros começou no fim do ano passado, com dois cortes de 0,25 ponto percentual, derrubando a taxa de 14,25% para 13,75% ao ano.

Em 2017, o BC acelerou o ritmo de baixa, com dois cortes de 0,75 ponto percentual e mais dois de 1 ponto, incluindo o desta quarta-feira.

 

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