Liberação para empréstimo para capital de giro ficou menos burocrática
Empresários interessados em ter acesso a linhas do FDCO (Fundo de Desenvolvimento do Centro Oeste) poderão solicitar até R$ 1 milhão diretamente nos bancos credenciados, sem necessidade de aprovação da carta-consulta pelo Conselho Regional do fundo.
Antes, qualquer valor superior a R$ 250 mil era necessário que o Conselho analisasse o pedido do empresário, uma burocracia que por vezes atrasava a liberação do recurso.
“Mato Grosso do Sul tem a agropecuária como principal base econômica, mas está em franco processo de industrialização e onde a indústria chega se desencadeiam outras atividades do comércio e serviços. Não seria justo o FCO destinar financiamentos apenas em uma faixa, como ocorria até pouco tempo”, disse o governador Reinaldo Azambuja (PSDB).
O tucano participou da reunião do Condelo (Conselho Deliberativo do Desenvolvimento do Centro-Oeste), vinculado à Sudeco (Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste), que definiu pela abertura de linhas de crédito para capital de giro.
Com a decisão do conselho, projetos que necessitam de financiamento de até R$ 1 milhão poderão ser solicitados diretamente nas instituições financeiras que operacionalizam o FDCO.
“A flexibilização das cartas-consultas vai agilizar a liberação do crédito. Automaticamente você tem a carta aprovada de R$ 1 milhão, enquanto o banco vai fazendo todo o tramite operacional da liberação destes recursos. Temos de desburocratizar, já que a taxa de inadimplência do FCO é baixíssima, oferece baixo risco ao banco”, disse o governador.
Durante a reunião, o governado revelou que ficou decidido que cada Estado poderá definir sua política regional de liberação dos recursos oriundos do Fundo.
Segundo o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, Mato Grosso do Sul tem disponível R$ 2,24 bilhões em 2017 do FCO.
Outra proposta aprovada no Condel foi a ampliação do prazo de pagamento dos empréstimos de capital de giro associado (aqueles vinculados ao projeto de investimento). A partir de agora, os prazos de pagamento passam a ser iguais – no caso do financiamento de um empreendimento com quitação em cinco anos, por exemplo, a contratação de capital de giro associado a esse investimento também poderá ser paga em igual período. Na reunião também foram aprovadas propostas emergenciais de ampliar o limite de empréstimos de R$ 300 milhões para R$ 400 milhões.