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Economia

Em tempos de crise, cresce procura por móveis usados e consertos na Capital

Procura por reparos tem até fila de espera
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Procura por reparos tem até fila de espera

O consumo de eletrônicos e eletrodomésticos disparou durante a ascensão da classe  média, que durou até meados de 2014. Com a chegada da crise econômica – em um cenário de alta do desemprego e redução do crédito -, o consumidor abriu mão dos produtos novos pelo conserto e apostou na compra de móveis usados, para segurar os gastos. EmCampo Grande, o setor acredita em aumento de 30% no movimento.

O comportamento de consumo material mudou, principalmente para bens de maior valor, como geladeiras e fogões, e quem estava habituado a trocar objetos por produtos novos teve que repensar e se adaptar ao novo clima. Como resultado, a perda de fôlego da economia tem derrubado as vendas no varejo em Mato Grosso do Sul, somente em novembro do ano passado o recuo foi de 4% – último levantamento de desempenho do setor publicado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Quem comemora essa transformação são as lojas de móveis usados e de consertos.  Se o que interessa é gastar pouco, sem prezar necessariamente pela qualidade, nestes comércios, a diferença de preço entre novos e usados pode render uma economia de 50%. Uma geladeira, por exemplo, custa entre R$ 300 e R$ 500.
 
“As pessoas não querem mais assumir dívidas com prestações, então elas optam por comprar aqui, e conseguem economizar a metade do que gastariam em lojas tradicionais. Nosso movimento tem sido principalmente com estudante que vem do interior e precisa mobiliar a casa, isso sempre teve, mas pela crise, as pessoas tem investido nestas alternativas”, analisou o comerciante Edson Alexandre, há 10 anos no ramo.  Para o lojista, o aumento do movimento em um ano chegou a 30%.

Para quem trocou as tradicionais lojas pelos comércios de móveis usados na Rua Marechal Cândido Rondon, disse que a transformação é a brecha para repensar as necessidades e gastar apenas com o que é indispensável. “Já fiz muita dívida só porque podia comprar, não por precisar, entende? Esse é preço. Comprar móveis usados e retomar o hábito de consertar em vez de jogar fora é a lição da crise”, declarou a funcionária pública Lucimar Nogueira, de 45 anos.

Velhos hábitos

O momento é ruim para o comércio, mas fez crescer o movimento em oficinas de reparos em eletrônicos e eletrodomésticos. Com os anos da chamada ascensão da classe C, o setor foi um dos mais prejudicados. Para o comerciante José Rogério Fracre, o momento é positivo para o setor, e a melhora foi percebida nos últimos seis meses. Uma prova disto, segundo ele, é que sua loja tem até fila de espera.

“O cliente tem que esperar dois dias ou até uma semana para gente fazer a avaliação do reparo e ainda leva mais um tempo para consertar, é que está cheio”, explicou.  Segundo ele, o itens mais levado para o ferro de passar é o ferro, depois ventiladores e micro-ondas.  

“Se um ventilador quebrava, a gente ia comprar um novo porque a nossa condição permitia isso. O poder de compra caiu e agora eu penso duas, três vezes antes de entrar numa loja para comprar. A gente desaprendeu a preservar nossos bens”, afirma a cliente Jussara Ribeiro, de 32 anos.

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