Em ano de crise, contratações do FCO batem recorde histórico com R$ 2 bi

Setor rural permanece como campeão

As contratações de recursos do FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste) no Mato Grosso do Sul atingiram o total de R$ 2 bilhões em 2017. O montante é recorde histórico para o Estado. O setor rural permaneceu como o que mais recebeu a verba, entretanto o comércio obteve desempenho diferenciado neste ano.

O total destinado para empreendimentos rurais  foi de R$ 1,4 bilhão, em mais de 3,2 mil operações ao longo do ano. Grande parte dos investimentos foram feitos em armazenagem, correção e conservação de solo, aquisição de máquinas e equipamentos, além de reforma de pastagens e construção de aviários.

Os R$ 600 milhões contratados pelo segmento empresarial superaram as expectativas da Semagro. Em novembro, Verruck destacou o desempenho dos empresários e adiantou que dentro do setor, os que se destacam são os comerciantes.

Entre os empresários, os recursos foram utilizados para aquisição de capital de giro. Destes, mais de R$ 150 milhões foram injetados no comércio em 2017. Ampliação de empresas, construção de sede própria, aquisição de máquinas e móveis e reforma e ampliação foram outros fins de contratação que tiveram desempenho significativo.

Mato Grosso do Sul irá contar novamente com o valor de R$ 2,3 bilhões em 2018, o que, para Verruck, garante a continuidade dos investimentos em Mato Grosso do Sul.

Mudanças

Neste ano houve a flexibilização para financiamento de projetos de até R$ 1 milhão, com o banco tendo autonomia para avaliar diretamente pedidos até esse valor. Aumento de 30% para 70% do limite de contratação de custeio e capital de giro e abertura para pagamento de folha e outras despesas mensais da empresa.

Possibilidade de aquisição de até 2 mil cabeças de matrizes bovinas por beneficiário, além de R$ 2 milhões para compra de bovinos, machos e fêmeas. Nessa categoria os valores disponíveis para tomada de crédito dobraram ao longo do ano.

As ações da Semagro junto ao Condel e a Sudeco também ampliaram para todos os portes de empresa a possibilidade de financiar caminhões e furgões, inclusive frigoríficos, isotérmicos e graneleiros. Também foi equiparado o prazo de custeio associado ao projeto de investimento, além do apoio a projetos que utilizem fontes alternativas de energia.