Projeto ajuda a combater pragas no campo 

Siga MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio) acompanha o desenvolvimento da safra em 97% da área de soja e milho de Mato Grosso do Sul atualmente. O trabalho existe há 8 anos e é considerado essencial para o monitoramento das lavouras, e capaz de registrar o índice de produtividade. 

Implantado há oito anos pela /MS (Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul) e Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de MS), projeto contribui para a captação de dados em 55 municípios do Estado todos os dias. Além de realizar o acompanhamento da evolução das safras, o Siga MS possibilita a identificação de pragas, doenças, plantas daninhas, a localização dos usos do solo, perdas, dados climáticos, de armazenagem e logística.  

 

A safra 2009/2010 foi a que marcou o início das atividades do projeto Siga MS. Naquela época, apenas uma equipe tinha a função de realizar o levantamento de UOS (Uso e Ocupação do Solo de Mato Grosso do Sul, além de fazer levantamento de produtividade dos grãos. 

“Já na safra 2016/2017, sete técnicos atuam divididos por regiões e, atualmente, realizam, além dos itens supracitados, o levantamento de dados estatísticos de evolução de plantio, desenvolvimento e colheita dos grãos, fazem acompanhamento de armazenagem e levantam informações sobre precipitação pluviométrica, incidência de pragas, plantas daninhas e doenças”, detalha a engenheira ambiental Ana Beatriz Paiva, analista técnica do Sistema Famasul.

Monitoramento ampliado

Em relação ao acompanhamento de safra, apenas 20 municípios eram visitados pelos técnicos na safra 2012/2013 e, para esse acompanhamento, o mapa do Estado era dividido em duas regiões: centro-norte e sul.

Já na safra 2016/2017, cerca de 55 municípios são acompanhados e MS está organizado pelo projeto em sete regiões: norte, centro-norte, centro, sul, sudeste, sudoeste e sul-fronteira. “Desta forma, com relação ao acompanhamento de safra, hoje cobrimos cerca de 97% da área de soja e milho, sendo que na safra 2012/2013 o acompanhamento era de aproximadamente 82% da área”, detalha Ana Beatriz.

Essa realidade mais robusta também interfere nas informações coletadas sobre produtividade. Em relação à safra de soja 2011/2012, apenas 13 municípios foram monitorados a partir de uma média de 90 amostras. Já na safra de soja 2016/2017, o levantamento de produtividade se baseou em dados de 44 municípios usando, para isso, uma média de 700 amostras. Essas amostras são colhidas do início ao final da colheita.

Evolução tecnológica

A utilização de novas e mais ferramentas tecnológicas, além da capacitação constante, também foram fundamentais para o avanço do projeto Siga MS nesses oito anos. “A utilização de softwares para SIG (Sistema de Informação Geográfica), por exemplo, sempre foi necessária, mas, com o tempo, novas ferramentas foram adicionadas ao mecanismo”, explica Ana Beatriz.

Esses avanços contribuem para a realização de análises mais complexas e completas das variáveis desejadas, além da geração de   mapas  de melhor qualidade, que fornecem informações visuais de fácil entendimento, permitindo correta análise e percepção dos dados.  

Além disso, os técnicos estão em constante busca por maior qualificação e participam de constantes treinamentos, simpósios e cursos das áreas de sensoriamento remoto e geoprocessamento. Os profissionais da equipe de campo, que fazem acompanhamento de lavoura, utilizam tecnologias mais conhecidas, como notebooks e GPS,  além de equipamentos determinadores de umidade de grão e kits de campo (balança, lupa, trena, etc)  para as atividades de levantamento primário.

De acordo com a Aprosoja/MS, a meta para a safra 2017/2018 é ampliar o número de equipes de campo do projeto, fazendo avançar ainda mais a captação de informações e dados das safras de soja e milho de Mato Grosso do Sul.