Dólar tem leve queda ante real com mercado de olho na Previdência
Recuou 0,29 por cento
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Recuou 0,29 por cento
O dólar fechou com leve queda ante o real nesta segunda-feira, com o mercado um pouco mais otimista, mas ainda cauteloso com a capacidade do governo do presidente Michel Temer de conseguir apoio político suficiente para tentar votar a reforma da Previdência na Câmara dos Deputados ainda neste ano.
O dólar recuou 0,29 por cento, a 3,2471 reais na venda, depois de acumular alta de 0,75 por cento na semana passada, interrompendo três semanas seguidas de queda por temores com a Previdência. O dólar futuro operava em queda de cerca de 0,40 por cento no final da tarde.
“O mercado ainda não jogou a toalha (sobre a reforma da Previdência), acredita que pode passar algo, mas o cenário está instável”, afirmou o operador de câmbio do Grupo Ourominas Ademar Vitor Pereira.
Parte do mercado ainda acreditava na possibilidade de a reforma da Previdência ser aprovada na Câmara em primeiro turno ainda este ano. Na noite passada, Temer se reuniu com lideranças partidárias para tentar conseguir apoio político.
Ao sair do encontro, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse esperar ter uma ideia até a próxima quinta-feira de quantos votos favoráveis à reforma da Previdência existem na Casa.
Nesta tarde, ele acrescentou que sem o apoio do PSDB não há “nenhuma condição” de aprovar a reforma, mas que mudou sua visão em relação às chances de aprovar a matéria de pessimista para realista.
O Banco Central vendeu nesta sessão toda a oferta de até 14 mil swaps cambial tradicional –equivalentes à venda futura de dólares–, para rolagem dos contratos que vencem em janeiro. Dessa forma, já rolou 1,4 bilhão de dólares do total de 9,638 bilhões de dólares que vencem no mês que vem.
No começo do dia, o cenário externo fez alguma pressão de alta sobre o dólar, que chegou a 3,2633 reais na máxima da sessão, depois que o Senado norte-americano aprovou proposta de reforma tributária no final de semana.
A reforma dá impulso ao crescimento dos Estados Unidos, ao mesmo tempo em que pode aumentar a dívida pública e pressionar o Federal Reserve, banco central do país, a elevar ainda mais os juros. Neste cenário, recursos aplicados hoje em outras praças financeiras, como a brasileira, poderiam migrar para a maior economia do mundo.
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