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Economia

Dólar fecha a R$ 3,066, menor cotação desde junho de 2015

Recuo de 1% ante o real
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Recuo de 1% ante o real

O fluxo de recursos estrangeiros mais forte para o Brasil fizeram o dólar comercial chegar ao seu menor valor em 20 meses. A moeda americana encerrou o pregão a R$ 3,066, recuo de 1% ante o real, e o menor valor desde os R$ 3,059 de 18 de junho de 2015. Só neste ano a divisa já perdeu 5,72%. Já a Bolsa de Valores de (Bovespa) subiu 1,89%, aos 67.975 pontos.

O dólar vem perdendo força nas últimas semanas com a entrada de recursos no país, a expectativa de uma safra recorde de soja – que também tende a deixar o fluxo positivo – e a possibilidade de aprovação de reformas econômicas. Em meio a esse cenário, os analistas interpretam que o Banco Central (BC) não deve agir para frear a queda da cotação, uma vez que isso favorece a queda da inflação e corte nos juros – essencial para a retomada da economia.

— A interpretação é que o fluxo de recursos para o país vai continuar. Credito que o BC não vai sair comprando dólares e isso deve levar a moeda para baixo. A prioridade no curto prazo é a redução dos juros e a convergência da inflação para a o centro da meta — avaliou Ítalo Abucater, gerente de câmbio da Icap do Brasil Corretora.

O BC tem menos de US$ 27 bilhões de exposição cambial. Isso significa que se o dólar subir, terá uma despesa extra. Mas esse volume já foi de US$ 135 bilhões e a avaliação dos analistas é que a autoridade monetária vai zerar esse estoque em poucos meses e, dessa forma, deixa de ter qualquer despesa com uma possível reversão na tendência do dólar.

— O BC já vai deixar de rolar cerca de US$ 4,5 bilhões dos swaps cambiais (contratos que possuem efeito de venda da moeda no mercado futuro) que vencem em 1º de março. E deve fazer o mesmo para abril. A avaliação é que o BC não deve assumir a posição compradora e com isso os investidores voltaram a vender moeda — explicou.
Há pouco, o “dollar index”, que mede o comportamento do dólar frente a uma cesta de dez moedas, tinha leve queda de 0,04% 0,12% próximo ao horário de encerramento dos negócios no Brasil.

O câmbio local acompanha o de moedas como o peso chileno, o rand sul-africano e o dólar neozelandês, embora o dólar esteja se valorizando em escala global após o discurso da presidente do Federal Reserve (Fed), Janet Yellen, reforçando que o banco central americano pretende subir mais os juros caso a economia do país continue apresentando vigor.

Segundo analistas, o Brasil segue atraindo investidores mesmo em um cenário de alta de juros nos Estados Unidos, o que contribui para esse movimento positivo.

— Temos vivido uma enxurrada de boas notícias para o mercado brasileiro. Há uma crença que a retomada economia vai acontecer e que as pautas de ajustes e reformas vão se desenvolver — avaliou Raphael Figueredo, analista da Clear Corretora.

Já no mercado acionário, a Bolsa acelerou a alta após o vencimento das opções sobre o índice. Nessa operação, os investidores tentam puxar o índice para o mais próximo possível das apostas que fizeram. O exercício de opções movimentou R$ 5,62 bilhões de um giro total de R$ 22,9 bilhões

A principal contribuição para a alta do Ibovespa veio da ação do Itaú Unibanco, que avançou 4,20%. O Bradesco PN (preferencial, sem voto) subiu 2,16%, enquanto o Banco do Brasil registrou valorização de 1,20% Os bancos brasileiros acompanham o movimento de valorização de seus pares europeus, motivado pelos comentários de Yellen sugerindo juros mais altos nos Estados Unidos.

Essa também foi a razão para os ganhos no mercado acionário pelo mundo. Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones sobe 0,53% e o S&P 500, 0,56%. Já na Europa, as ações europeias registraram hoje sua maior sequência de altas em 18 meses. O índice de referência do continente, o Euro Stoxx 50, subiu 0,45%, enquanto a Bolsa de Londres se valorizou em 0,57%. Em Paris, a alta foi de 0,59% e o DAX, .de Frankfurt, teve leve alta de 0,19%.

Ainda entre as mais negociadas na Bolsa brasileira, a Petrobras ON subiu 0,29% (R$ 16,86), enquanto a PN teve leve alta de 0,12%, a R$ 15,84. A Vale, que foi a maior responsável pela alta registrada nos últimos pregões, caiu 0,99% (PN, a R$ 31,91). Já as ONs recuaram 1,68%, a R$ 33,82.

 

 

 





 

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