Dólar cai e volta ao patamar de R$3,10, menor desde outubro
Recuou 0,66 por cento
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Recuou 0,66 por cento
O dólar fechou a sexta-feira em baixa e foi ao patamar de 3,10 reais pela primeira vez desde o final de outubro passado, acompanhando o comportamento das moedas emergentes no exterior depois que a China trouxe dados robustos sobre sua balança comercial, dando força às commodities e a seus vendedores, como o Brasil.
O dólar recuou 0,66 por cento, a 3,1092 reais na venda, menor nível desde os 3,1065 reais de 25 de outubro passado.
Na semana, perdeu 0,46 por cento, oitavo período seguido em queda, acumulando desvalorização de 8,30 por cento.
Na mínima do dia, o dólar marcou 3,1065 reais e, na máxima, 3,1283 reais. O dólar futuro operava em baixa de cerca de 0,70 por cento no final da tarde.
“O mercado deixou de lado o (presidente dos Estados Unidos, Donald) Trump e tratou de repercutir os números chineses. O movimento durou o dia todo”, comentou o operador da Advanced Corretora Alessandro Faganello.
A China apresentou dados comerciais melhores do que o esperado para janeiro uma vez que a demanda acelerou tanto no país quanto no exterior, início encorajador de 2017 mesmo que os exportadores asiáticos estejam se preparando para um aumento do protecionismo por parte dos Estados Unidos.
As exportações em janeiro avançaram 7,9 por cento ante o ano anterior, bem melhor do que o esperado por analistas consultados pela Reuters, que projetavam alta de 3,3 por cento.
Com isso, os preços de importantes commodities subiram nesta sessão, como o minério de ferro, num sinal de crescimento futuro da demanda por aço.
No exterior, o dólar caía ante divisas de países emergentes, como o peso chileno e o rand sul-africano.
Profissionais também comentaram que viram fluxo de ingresso de recursos no Brasil nesta sessão, o que ajudou no movimento de baixa do dólar.
“A perspectiva de fluxo estrangeiro é um dos pilares que nos ajuda a explicar um novo dia de baixa. Ontem, projeções do IBGE apontavam safra recorde para 2017, algo que reforça tal expectativa”, comentou a corretora Guide Investimentos em relatório.
Nas mesas de negociação, os operadores aguardavam se o Banco Central anunciaria leilão para rolar os swaps tradicionais –equivalentes à venda futura de dólares –de março, de quase 7 bilhões de dólares.
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