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Economia

Desconfiados, campo-grandenses optam por comprar carne nos bairros

Quem vende frios observou 'cautela' entre clientes
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Quem vende frios observou ‘cautela’ entre clientes

Enquanto casas de carne e supermercados de bairro observaram aumento significativo de clientes, estabelecimentos que comercializam frios perceberam uma maior cautela dos seus clientes após a Operação Carne Fraca ser deflagrada, na última sexta-feira (17). Consumidores classificaram como exagerada a forma como as informações foram divulgadas pela PF (Polícia Federal), mas já imaginavam que os frigoríficos utilizassem de artifícios para lucrar mais.

É o caso de um mercado no bairro Piratininga, que recebeu mais clientes procurando o açougue do estabelecimento. Segundo o gerente do local, Edson Batista, o aumento foi de aproximadamente 10%. “São clientes fiéis que vem atrás de carne fresca. Mas vamos saber mesmo na próxima sexta-feira, que é o dia de promoção de carne”, revela.

O gerente informou que Friboi e Marfrig são dois dos fornecedores do supermercado, porém compra ‘res casada’, que é o animal inteiro, e a desossa é feita no açougue do estabelecimento.

Uma das clientes do mercado, a auxiliar de limpeza Nely Geraldo de Lima, 45, diz que só compra carne fresca nos supermercados próximos à sua casa. Ela acredita que “tem muita falação” acerca da Operação Carne Fraca. A dona de casa Nadir Ribeiro, 44, também acha que foi exagero e diz que vai continuar comprando carnes embutidas e processadas, mas não gosta das carnes à vácuo. “Prefiro carne fresca”, diz.

O aposentado Sebastião Kayoda, 67, mora na Vila Ipiranga e também faz compras no mercado do Bairro Piratininga. Ele conta que não entende de carnes e acaba comprando as peças embaladas, além dos embutidos. “Não tem jeito. Não existe produto 100% garantido”, afirma.

Localizado na Vila Margarida, outro supermercado também observou aumento de clientes desde a sexta-feira (17). “Nossos clientes conhecem a procedência. O pessoal vem e fica comentando e até debochando da situação. Eles dizem ‘o que nós brasileiros estamos passando’”, conta Tales Salina, de 24 anos, açougueiro do supermercado há 2 anos. O estabelecimento compra a ‘res casada’ do frigorífico Frigo Bras e realiza a desossa no próprio local.

Casas de frios

Além das carnes, os frios também viraram alvo de cautela entre os consumidores.Produtos como presuntos, salames, linguiças, salsichas e outros também são produzidos pelos frigoríficos citados na Operação Carne Fraca.

Segundo Débora Nunes, proprietária de uma casa de frios na região da Vila Carvalho, diz que o movimento de clientes não caiu, mas seus clientes estão mais atentos e pedem para ver o produto, saber qual marca e se o produto é fatiado na hora. “Aqui nós temos essa cautela de preparar o produto na frente do cliente. Somos bastante cuidadosos, até porque a Vigilância Sanitária pega bastante no pé”, explica.

“A gente sempre compra presunto, calabresa, por isso ficamos um pouco assustados. Pelos rumores que circulam por aí, já imaginávamos que as empresas agiam de forma parecida. Mas carne embalada à vácuo a gente nunca compra”, explica o casal Marcela Lima Cunha, de 31 anos que trabalha como professora e Rogério Rosa da Silva, de 30 anos, que é motorista. Eles acreditam que com as informações vindo a tona, os frigoríficos “devem entrar na linha”.

Já Antônio Passamani, proprietário de outra casa de frios na região central de , diz que os clientes estão fazendo muitos comentários sobre o assunto. Sobre trocar fornecedores ele diz que “não tem como mudar. As duas maiores marcas foram envolvidas. Não dá pra boicotar, mas eu diminui o consumo” declara.

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