Dia das Mães é comemorado no próximo domingo

Sofrendo uma sequência de dificuldades desde o início da crise, o comércio vê no Dia das Mães – comemorado no próximo domingo -, como o ponto determinante para a virada do jogo. A data é a segunda do ano mais importante para o segmento, atrás apenas do Natal. A lógica dos lojistas é que, com a injeção do FGTS, os consumidores recuperem o poder de compra. 

A partir de hoje, os trabalhadores nascidos em junho, julho e agosto poderão sacar os recursos das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O lote deve contemplar cerca de 136 mil trabalhadores em Mato Grosso do Sul, e o valor total disponível para saque nesse mês ultrapassa R$ 142 milhões. 

Na Rua 14 de Julho, principal endereço do comércio varejista da cidade, o movimento ainda está enfraquecido, sem a agitação eventual que antecede as datas comemorativas, mas para o gerente Cleber Cabanhas, de uma loja de eletrodomésticos, o fluxo aumentará na medida dos saques. “Estamos com uma expectativa boa em relação ao não passado justamente por causa do FGTS, dinheiro extra que não existia em 2016”, aposta. 

O lojista explicou que se tornou uma tendência o aumento de movimento nos períodos em que o pagamento do recurso dos trabalhadores é liberado. “As vendas disparam e com um diferencial: é à vista”, destaca. 

O dinheiro ainda não chegou, mas a maioria já sabe como vai gastar. Marco Antônio já planeja com vai gastar o dinheiro extra que irá sacar, e um dos destinos é o presente para a mãe. “Pretendo gastar até R$ 200, essa é a vez da gente abrir a mão”, brinca. 

Sondagem realizada de 7 a 8 de maio, pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento /MS, com apoio do Sebrae/MS, em , Naviraí e Dourados aponta uma reação das vendas para o período do Dia das Mães. O objetivo da ação foi levantar a expectativa de empresários nesta que é a segunda melhor data para vendas no comércio.

Comércio da Capital aposta em FGTS para aquecer a venda do Dia das Mães

“Em Campo Grande, as lojas de departamento apontam a possibilidade de um crescimento mensal de até 10% com a data comemorativa, nesse sentido, 10 lojas de grande porte, que detenham esse crescimento esperado, podem contribuir para uma movimentação de R$ 25 milhões de reais; se falarmos dessas expectativas para empresas de pequeno porte, são recursos a mais que podem chegar a R$ 30 mil em cada estabelecimento”, comenta a economista do IPF/MS, Daniela Dias. 

“Somente na capital, no perímetro formado pelas ruas 14 de julho e Rui Barbosa e as avenidas Afonso Pena e Mato Grosso, há aproximadamente 407 lojas.  Nos shoppings de Campo Grande (Campo Grande, Norte Sul, Estação, Bosque dos Ipês e Pátio Central) são mais de 500 lojas. Se cada uma aumentar suas vendas mensais em pelo menos R$ 1 mil, a movimentação poderá chegar a quase R$ 1 milhão de reais”.

Pesquisa de intenção de compras do IPF/MS e do Sebrae/MS apontam que o comércio destas três cidades poderá movimentar R$ 43,64 milhões. Só em Campo Grande, mais de 50% da população irão fazer compras à vista.