Empresa teve R$ 730 milhões bloqueados e fechou as portas
Após a decisão em caráter liminar do juiz Alexandre Antunes da Silva, da 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais da Capital, que concedeu o bloqueio de R$ 730 milhões em bens da JBS, o governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), afirmou que está em curso um acordo com a empresa para que haja ressarcimento para o Estado.
A decisão, tomada a partir de uma ação civil pública, determinou que a JBS mantivesse em cofre os R$ 730 milhões para garantir o ressarcimento ao Estado em eventual pedido de indenização, por conta das irregularidades fiscais constatadas em benefícios concedidos a empresa.
Após reuniões entre membros da CPI da JBS, da Assembleia Legislativa, do governo e da empresa, Reinaldo falou que o acordo foi firmado. “Nós pactuamos que vai ficar um bem disponível que cobre esse ressarcimento ao Estado. O Dr. Alexandre [juiz] que terá que homologar esse acordo”, disse Azambuja.
Segundo o governador, o acordo prevê que não hajam mudanças nas atividades da empresa no Estado, incluindo a questão de “empregos e investimentos previstos”, pauta de protestos por parte de funcionários da JBS que temiam o fechamento de frigoríficos.
“Acho que é um acordo importante no momento dessa incerteza, de fechamento de plantas, que dá segurança ao Estado daquilo que é devido pela empresa”, frisou Azambuja.
Bloqueio de Bens
Na última terça-feira (17), a Justiça sul mato-grossense deferiu o segundo bloqueio de bens em desfavor da JBS, no valor de R$ 730 milhões. A liminar é semelhante a outra anterior concedida à Assembleia Legislativa, por meio da CPI da JBS.
Após o bloqueio de bens, a JBS reagiu suspendendo as atividades de sete unidades no Estado. Temendo a perda dos empregos, funcionários dos frigoríficos foram até à Assembleia Legislativa reivindicar que a empresa não fosse prejudicada. A empresa se prontificou, após reunião, a regularizar suas atividades nesta terça-feira (24).
