Novo aumento é 5% nos contratos de venda do GLP

Após revisão anual nos preços de venda de Gás GLP, no mês de setembro, que reajustou os valores em 20% em Mato Grosso do Sul, a Petrobrás anunciou novo aumento de mais 5% para novembro e os valores dos botijões devem chegar ao consumidor pelo valor aproximado de R$ 75, conforme o Simpergasc (Sindicato das Micros, Pequenas Empresa e Revendedores Autônomos de GLP, Gás Canalizado e Similares do Mato Grosso do Sul), em nota publicada nesta terça-feira (1º).

Como justificativa para o novo reajuste, a multinacional baseou-se nas mudanças nos contratos de vendas de GLP da Petrobrás para as distribuidoras, que a passam a incluir taxas pelo uso da infraestrutura estatal.

Somando o fato logístico, e de suprimentos ainda mais desafiador para o segmento, o Simpergasc ressalta o aumento de pauta de ICMS (Imposto Sobre  Circulação de Mercadorias e Serviços) a cada 15 dias e chega ao valor aproximado de R$ 75, para o consumidor.

A Asmirg-BR (Associação Brasileira dos Revendedores de GLP) reforçou em nota, na tarde desta segunda-feira (31), a necessidade de uma intervenção do governo federal.

A associação reforça que o Ministério de Minas e Energia precisa reavaliar os conceitos aplicados na legislação, as consequências e validação com cuidado de qualquer que seja a proposta que está por vir, tendo em vista, que o tem um custo na Petrobras por R$ 13,11 por botijão de 13 Kg, mas com o preço livre, este botijão de gas de cozinha chega hoje ao consumidor brasileiro em até R$ 90.

PETROBRÁS

Jornal Midiamax indagou a assessoria de imprensa da Petrobrás sobre o anunciou do novo reajuste, que reiterou que os contratos de fornecimento com vigência a partir de 1º de novembro refletirão mudanças na composição de preços de logística que, segundo as estimativas da Petrobras, não ultrapassam R$ 0,20 (vinte centavos) por botijão de 13 kg na média do país.

Conforme a Agência Brasil, o presidente da Petrobras, Pedro Parente, disse hoje (1) que as reações das distribuidoras de gás de botijão aos novos contratos de fornecimento devem ser “contidas” e não acarretem reajuste de preços ao consumidor maior que R$ 0,50 por botijão de uso residencial.

A estatal anunciou, mais cedo, que o botijão deve ficar até R$ 0,70 mais caro, em média, porque a companhia revisou custos de logística com o produto que antes eram subsidiados.

“Agora, esperamos que [a alta] seja contida nessa dimensão [de R$ 0,50]”, declarou, após cerimônia de despedida da diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard, no Palácio do Itamaraty, Rio de Janeiro.

A expectativa dele é que as distribuidoras repassem ao consumidor apenas o custo do fim do subsídio, sem aproveitar para fazer revisão do preço final. Contrariado, o presidente da estatal lembrou que os preços da gasolina e do diesel, que caíram na refinaria recentemente, não foram repassados ao consumidor, que ficou sem o desconto na bomba.

“É preciso criar no país um ambiente propício ao investimento, se você tem subsídios cruzados dentro da estrutura de logística, não existe esse ambiente”, avaliou.

No caso do gás de botijão, Parente explicou que até então a estatal não cobrava pelo uso de tanques e dutos. “Em relação às empresas de gás, [é uma medida] para que elas paguem um preço justo pela infraestrutura que utilizam”. Ele negou qualquer aumento de preços nas refinarias.