MS vai se tornar o maior produtor de celulose do país a partir de 2017

Com investimentos, participação nas exportações pode dobrar

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Com investimentos, participação nas exportações pode dobrar

 

 

Os investimentos previstos no setor de florestas em Mato Grosso do Sul vão tornar o Estado o primeiro do ranking nacional de produção de celulose a partir de 2017, projetou a diretora de Relações Governamentais e Institucionais da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), Beatriz Milliet, em palestra no seminário ‘Panorama do Setor Florestal Mundial, Brasileiro e Sul-Mato-Grossense’ desta segunda-feira (15).

“Nós vemos o Mato Grosso do Sul com uma vocação muito forte para o eucalipto, pois tem condições geográficas e climáticas favoráveis, além de políticas para atração de investimentos do setor que nos levam a essa projeção realista de que o Estado já será, a partir do próximo ano, o maior produtor de celulose no país”, afirmou Beatriz Milliet.

Para ela, Mato Grosso do Sul vai atrair 64% de todo o investimento privado previsto pelo setor no Brasil, até o ano de 2020.

Mato Grosso do Sul conta atualmente com 920 mil hectares de plantação de eucalipto. A projeção da Reflore-MS e Famasul é de que o Estado chegue a 1 milhão de hectares até o fim do ano – nos últimos 10 anos o crescimento médio da área plantada de florestas em Mato Grosso do Sul foi de 22%, segundo o Ibá. O Estado tem hoje as principais empresas de celulose do mundo, Fibria e Eldorado, com investimentos de R$ 15 bilhões na ampliação de suas unidades em Três Lagoas.

MS vai se tornar o maior produtor de celulose do país a partir de 2017Com esse patamar de produção, segundo a diretora do Ibá, Beatriz Milliet, “os investimentos previstos para o Mato Grosso do Sul permitirão ao Brasil se manter como 2° maior produtor mundial de celulose em 2017. Além disso, a participação nas exportações do setor mais que dobrará a partir de 2018, de 16,5% para 35%”.

“Além disso, temos uma área planta de eucalipto já próxima de 1 milhão de hectares. Já captamos investimentos no setor de móveis, biomassa e agora trabalhamos para atrair outros empreendimentos que utilizem essas florestas plantadas”, comentou o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck.

 

Panorama 

O seminário foi aberto pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB). O evento foi realizado pelo governo do Estado, por meio da Semade (Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico), em parceria com a Fiems, Ibá, Reflore-MS, Sinpacems e Famasul.

O secretário Jaime Verruck apontou na palestra que Mato Grosso do Sul atualmente é o segundo Estado do país em área de eucalipto. “A área plantada cresceu de 47% nos últimos 3 anos. Temos uma produtividade média de 39 metros cúbicos por hectare e 500 mil hectares de florestas certificadas . Para o ano que vem, a previsão é de que, além da ampliação do eucalipto, nós tenhamos 12 mil hectares de pinus e 30 mil hectares de seringueira”, informou.

O titular da Semade ressaltou também a importância da biomassa para o setor de florestas. “Temos hoje 13 projetos de termoelétrica de biomassa e eucalipto e uma usina já em implantação em Mato Grosso do Sul. No ranking nacional, o Estado é o 3º, com 10,1% da capacidade total do Brasil”, afirmou. “O futuro já está definido para o Estado. Temos de focar em parcerias público-privadas e aproveitar o conjunto de fatores favoráveis que dispomos, como o clima, mecanização, hidrografia e legislação”, finalizou.

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