Dólar fecha em alta, a R$ 3,27 após recuar mais de 2%

Operadores preferiram cautela na sessão

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Operadores preferiram cautela na sessão

O dólar fechou em alta nesta segunda-feira (19), após recuar mais de 2% nas últimas duas sessões, com a divulgação de um índice de atividade do Brasil mais fraco do que o esperado e com o mercado financeiro sob a expectativa da reunião do Federal Reserve, banco central norte-americano, que acontecerá na quarta-feira.

A moeda norte-americana encerrou o dia em alta de 0,32%, vendida a R$ 3,2783, após bater R$ 3,2495 na mínima e R$ 3,2788 na máxima.

Segundo a Reuters, a sessão foi marcada por baixo volume, com operadores preferindo a cautela antes da reunião do Fed. O mercado trabalha com a hipótese de manutenção dos juros, mas operadores buscarão no comunicado divulgado após o encontro pistas sobre as intenções do Fed.

Acompanhe a cotação ao longo do dia:

Às 9h09, queda de 0,22%, a R$ 3,2605
Às 9h50, alta de 0,19%, a R$ 3,2742
Às 10h50, queda a 0,07%, a R$ 3,2655
Às 11h20, queda de 0,41%, a R$ 3,2545
Às 11h59, queda de 0,16%, a R$ 3,2652
Às 13h19, queda de 0,2%, a R$ 3,2616
Às 14h40, alta de 0,04%, a R$ 3,2695
Às 15h19, alta de 0,06%, a R$ 3,2702
Às 16h22, alta de 0,19%, a R$ 3,2743

Cenário interno e externo

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), recuou 0,09% em julho, ante previsão de alta de 0,25%, segundo pesquisa da Reuters.

Internamente, o mercado também se mostrava mais cauteloso com o cenário político, diante de novoas denúncias que podem afetar a capacidade do governo do presidente Michel Temer de conseguir aprovar importantes medidas fiscais no Congresso, destaca a Reuters.

A decisão de política monetária do Federal Reserve continuava sendo o principal evento aguardado pelo mercado. Também na quarta-feira o banco central do Japão anunciará sua decisão e pode dar sinais sobre seu programa de estímulo, assunto que também está no horizonte dos investidores.

Atuação do BC

O Banco Central vendeu esta manhã todos os 5 mil contratos de swap cambial reverso, equivalentes à compra futura de dólares.
O presidente da autoridade monetária brasileira, Ilan Goldfajn, disse na sexta-feira em entrevista à Reuters que o BC enxerga menor espaço para redução do estoque de swaps cambiais tradicionais – equivalentes à venda futura de dólares – diante da perspectiva de aumento dos juros nos EUA batendo à porta. Ele disse que o BC reduzirá o estoque de swaps numa velocidade que não pressione o mercado. Segundo Ilan, o câmbio é flutuante.

No mês de setembro, o dólar acumula alta de 1,52%. No ano, entretanto, houve queda de 16,96%.

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