Dólar cai mais de 2% e fecha abaixo de R$ 3,40 pela 1ª vez em quase 1 ano

Moeda recuou pela 6ª sessão à R$ 3,36

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Moeda recuou pela 6ª sessão à R$ 3,36

O dólar fechou em forte queda nesta quarta-feira (8), abaixo de R$ 3,40 pela primeira vez em quase um ano. A queda acompanhou o ambiente favorável nos mercados do exterior. O Banco Central permitiu a baixa da moeda, e não fez intervenção pelo sexto dia de negócios seguido.

A moeda norte-americana fechou em baixa de 2,28%, cotada a R$ 3,3697 para venda.  É o menor valor desde o dia 29 de julho do ano passado, quando fechou a R$ 3,3293.  A última vez que o dólar foi cotado abaixo de R$ 3,40 foi no dia 30 de julho, a R$ 3,3710.

Na semana, a moeda dos EUA recuou 4,4%. No mês de junho, perdeu 6,7% e, no acumulado de 2016, o dólar teve desvalorização de 14,6% frente ao real.

Acompanhe a cotação ao longo do dia

Às 09h10, queda de 1,12%, a R$ 3,4101
Às 09h40, queda de 1,82%, a R$ 3,3857
Às 10h30, queda de 1,59%, a R$ 3,3993
Às 11h40, queda de 1,43%, a R$ 3,3992
Às 12h10, queda de 1,53%, a R$ 3,3957
Às 12h40, queda de 2,13%, a R$ 3,375
Às 13h20, queda de 2,09%, a R$ 3,3765
Às 13h30, queda de 1,91%, a R$ 3,3825
Às 14h45, queda de 1,74%, a R$ 3,3885
Às 15h55, queda de 2,15%, a R$ 3,3742

Declarações sobre o câmbio

Além do cenário externo positivo, também refletiram as declarações, na véspera, do indicado para a presidência do Banco Central,defendendo que a variação do dólar deve ser flutuante (sem o controle do BC). Isso fez o mercado entender que o futuro chefe do BC estaria confortável com o dólar abaixo de R$ 3,50 – patamar até então entendido como o “piso” permitido pelo órgão.

“Muita gente no mercado via um piso nos R$ 3,50 e as declarações do Ilan contrariaram essa tese”, disse à Reuters o operador da corretora Ativa Arlindo Sá. “Aí o real veio com tudo [se fortaleceu], embalado também pelo cenário externo positivo”. Sá disse haver espaço para o dólar recuar ainda mais, mas não estimou patamares.

Esse movimento de queda depende, porém, de uma trégua no cenário político, em meio a escândalos que vêm alimentando preocupações com a capacidade do governo de aprovar medidas de aperto econômico no Congresso Nacional. “Tem muita água para rolar ainda. O jogo só acaba quando termina”, afirmou.

O mercado também ficou atento ao cenário político, à espera da decisão de Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, sobre o pedido de prisão de José Sarney, Renan Calheiros, Romero Jucá e Eduardo Cunha, todos do PMDB.

Cenário externo

O dia no cenário internacional foi marcado por forte alta dos preços do petróleo, que atingiram o maior nível em 8 meses no terceiro dia de ganhos.

Além disso, números sobre as importações da China aumentaram expectativas de melhora na economia do país. As exportações chinesas caíram mais do que o esperado em maio devido à demanda fraca, mas as importações superaram as projeções, indicando melhora da demanda interna, segundo informações da Reuters.

Além disso, vêm enfraquecendo as apostas de alta de juros nos Estados Unidos no curto prazo, após dados fracos sobre o mercado de trabalho norte-americano e declarações da presidente do Federal Reserve, banco central norte-americano, Janet Yellen. Juros mais altos nos EUA atrairiam investidores para aquele país, aumentando assim uma tendência de alta sobre o real.

Bovespa

A bolsa paulista fechou em alta nesta quarta(8), puxada pela Petrobras e favorecida pela alta de commodities, após dados da balança comercial chinesa reforçarem estabilidade da segunda maior economia do mundo. O tom positivo também foi endossado pela ausência de novos ruídos no cenário político. O Ibovespa subiu 2,26%, aos 51.629 pontos.

Último fechamento

O dólar fechou em queda na terça-feira (7), pela quinta sessão seguida, após o indicado para a presidência do Banco Centra defender o câmbio flutuante durante sabatina no Senado. A moeda recuou 1,2%, a R$ 3,4486 na venda.

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