7 dos 15 alimentos tiveram aumentos em junho
Está cada mês mais caro garantir os alimentos da cesta básica. O vilão continua sendo o feijão, que em junho subiu 18% em Campo Grande. A cesta básica fechou a R$ 399,33, segundo dados da Semade (Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico), o que representa quase metade do salário mínimo.
Os preços referentes à cesta básica registram alta de 13,68% nos últimos 12 meses e 9,48% no acumulado do ano.
Dentre os 15 produtos que compõem a cesta individual, sete tiveram alta nos preços, com destaque para: feijão, 17,87%; arroz, 3,75%; e batata, 3,47%. Na sequência, vêm leite 2,54%; sal 2%; açúcar, 1,5% e margarina, 1,39%.
A alta do feijão, segundo a equipe técnica da Semade, teve como principal causador a queda na produção de feijão do país. De acordo com a CNA (Confederação Nacional da Agricultura), são produzidas em média 3,3 a 3,5 milhões de toneladas de feijão por ano, das quais são consumidos 3,3 milhões.
Na contramão, alguns produtos tiveram quedas, entre eles o tomate, que caiu 4,73% e a explicação está no aumento do volume do produto no mercado interno.
Os outros alimentos com recuo são: alface, 4,32%; óleo, 2,67%; carne, 1,73%; laranja, 1,13%; banana, 0,95% e macarrão, 0,83%. O pão francês não registrou alteração de preço.
Nos últimos seis meses, os produtos que apresentaram maiores altas nos preços foram: feijão, batata, açúcar cristal, alface, margarina, óleo de soja, pão francês, arroz e sal.
Salário
O trabalhador que recebeu um salário mínimo equivalente a R$ 880,00 comprometeu 45,38% da sua renda na compra da cesta básica. No mês anterior, era 45,33%. Com isso, restam R$ 480,67 para suprir outras demandas, como: água, energia, saúde, serviços pessoais, vestuários, lazer e outros serviços.
A análise da Semade também apontou a quantidade de horas trabalhadas. O trabalhador assalariado precisou despender para aquisição da cesta básica 99h e 50 min em uma jornada de 220 horas ao mês. Em maio, o tempo necessário de trabalho foi de 99h e 43min.