Segmento comemorou saída de Dilma

O setor florestal de Mato Grosso do Sul espera que com Michel Temer na presidência medidas sejam criadas para garantir a produção e fomento do segmento. O atual governo estuda formas de autorizar a compra de terras por estrangeiros, o que estava proibido por parecer da AGU (Advocacia-Geral da União).

“Qualquer setor está aplaudindo a decisão. O setor produtivo estava ansioso por uma decisão, de forma que a gente consiga agora pensar mais no país e menos em quem vai governar, focar nas questões econômicas e menos politicas. A gente vê com mais perspectivas, esperamos um futuro de mudança”, diz o vice-presidente da Reflore-MS (Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas, Luiz Calvo Ramires Junior.

O segmento de florestas cresceu na última década, de 200 mil hectares para quase 1 milhão de hectares, empregando atualmente cerca de 100 mil pessoas em Mato Grosso do Sul. No entanto, decisão da AGU contrária a compra de terras por estrangeiros, segundo Luiz, era um problema. “Essa decisão do PT no passado afetou em demasiado o crescimento do setor, e a possível vinda de novos investimentos. Na época, paralisou projetos e investimentos e criou insegurança jurídica”, enfatiza o vice-presidente.

A entidade é favorável a venda de terras para estrangeiros desde que sejam criadas normas claras que assegurem o patrimônio nacional e que os compradores respeitem as restrições.

A Dilma foi afastada no início da tarde de hoje após decisão do Senado, de 61 votos contra 20. Ao votar pelo , a maioria dos senadores entendeu que Dilma Rousseff descumpriu a Constituição e a Lei de Responsabilidade Fiscal por ter editado decretos suplementares sem o aval do Congresso e por ter repassado com atraso recursos do Tesouro para o Banco do Brasil pagar a equalização dos juros do Plano Safra.