Por mês, são gastos R$ 70 milhões com previdência

Com a amortização da dívida dos 27 Estados com a União, Mato Grosso do Sul deixará de repassar R$ 600 milhões em seis meses. O valor, entretanto, não deverá ser totalmente investido em melhorias para que o Estado passe por uma organização de caixa, justificou o secretário de Fazenda Márcio Monteiro nesta quinta-feira (23), antes da reunião dos secretários estaduais com o governador Reinaldo Azambuja (PSDB).

“Agora vamos fazer o reajuste do nosso déficit. Essa economia se faz necessária para fazer um ajuste, em virtude das dificuldades por quais passam os Estados. Em Mato Grosso do Sul, por exemplo, temos um déficit mensal de quase R$ 70 milhões na previdência. Ou seja, não repassar vai ajudar a manter equilíbrio neste tempo”.

Para Monteiro, esses meses são necessários para que o Estado tente regularizar a situação. “Vamos nos reorganizar, melhorar a qualidade dos serviços, mas também é um prazo para as adequações necessárias sejam feitas”.

Em 2017, Mato Grosso do Sul volta a repassar gradualmente o valor da dívida à União. Em janeiro, são 5% do total da parcela e em junho o pagamento será retomado integralmente. Com o novo prazo, a dívida foi estendida em mais de 20 anos. O valor da parcela cheia, portanto, sofrerá uma redução de R$ 100 milhões por mês para aproximadamente R$ 40 milhões.