Todos os segmentos do varejo apresentaram queda no número de lojas

Cerca de 100 mil lojas tiveram as portas fechadas em 2015. Conforme estudo divulgado recentemente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o fechamento líquido de 95,4 mil lojas no varejo com vínculo empregatício em 2015, no País. Mato Grosso do Sul ocupa a 17ª posição no ranking, com queda no número de estabelecimentos de -9,9% em relação a 2014.

Apesar do índice negativo, o Estado está abaixo da média nacional, que foi de -13,4%.”Mas poderíamos ter uma situação melhor se o setor produtivo não estivesse tão penalizado com as alterações na carga tributária e o auto custo de produção” avalia o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de MS (Fecomércio MS), Edison Araújo. “Embora estejamos cautelosos, acreditamos que logo vamos conseguir superar essa crise, voltar a crescer e gerar emprego e renda. Precisamos nos organizar, ter o foco na gestão e continuar trabalhando muito”, completa.

Segundo a CNC, os números representam um balanço final do ano, de acordo com os dados de dezembro do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência Social e correspondem a estabelecimentos comerciais que empregam ao menos um funcionário. Nem mesmo as grandes lojas do varejo foram poupadas. Nos últimos 12 meses esses estabelecimentos registraram recuo de 14,8% em todo o País.

Todos os segmentos do varejo apresentaram queda no número de lojas, destacando-se, em termos relativos, os ramos mais dependentes das condições de crédito, tais como: materiais de construção (-18,3%), informática e comunicação (-16,6%), móveis e eletrodomésticos (-15,0%). Em termos absolutos, no entanto, hipermercados, supermercados e mercearias foi o segmento que teve a maior redução no número de lojas em relação a 2014. Foram 25,6 mil estabelecimentos fechados no ano passado, de um setor que reponde por um em cada três pontos comerciais do País. Esse segmento e o de lojas de vestuário e acessórios responderam por quase metade (45,0%) das lojas que saíram de operação.