As condições permaneceram fracas na China

O Carrefour, segundo maior varejista do mundo, disse que o crescimento das vendas acelerou no quarto trimestre, refletindo um melhor desempenho na e um crescimento contínuo no Brasil, seu maior mercado depois da França.

As condições permaneceram fracas na China, no entanto, em meio à desaceleração do consumo, disse a empresa nesta sexta-feira.

O maior grupo varejista da Europa acrescentou que seu lucro operacional recorrente de 2014 ficará em linha com a expectativa de 2,38 bilhões de euros (2,77 bilhões de dólares).

“O forte desempenho do Carrefour mostra que os planos estão começando a dar frutos, e demonstra que o Carrefour tem melhorado de forma duradoura os seus fundamentos”, afirmou o vice-presidente financeiro da empresa, Pierre-Jean Sivignon, em teleconferência.

O Carrefour, que obtém 73 por cento das suas vendas na Europa, tem sofrido com a dependência do formato de hipermercado, em que foi pioneiro, em um momento em que clientes favorecem compras mais locais e online.

Em resposta, o presidente-executivo, Georges Plassat, reduziu custos, reformulou lojas, diminuiu preços, simplificou a oferta de produtos e deu mais autonomia aos gerentes de lojas, começando na França, responsável por 47 por cento das vendas do grupo.

As vendas do quarto trimestre foram de 22,62 bilhões de euros, acima da previsão média de 22,47 bilhões em uma pesquisa da Reuters com analistas. Excluindo combustíveis, moedas e efeitos de calendário, a receita cresceu 4,1 por cento na comparação anual, uma aceleração ante o avanço de 2,8 por cento no terceiro trimestre.

O crescimento de vendas em mesmas bases no Brasil, onde o Carrefour busca expansão, foi de 10,4 por cento, aceleração ante a alta 7,7 por cento no terceiro trimestre.

O Carrefour vendeu uma participação de 10 por cento dos seus negócios no Brasil para o bilionário Abilio Diniz no mês passado, um passo em direção a uma possível listagem na bolsa, conforme busca levantar recursos para acelerar o crescimento em seu segundo maior mercado.

Na Europa, as vendas totais cresceram 0,4 por cento, excluindo a França. Sivignon disse que a tendência na região era de estabilização pela primeira vez em seis anos.

Na França, as vendas subiram 1 por cento na comparação em mesmas bases. A receita da hipermercados domésticos do Carrefour diminuiu 0,6 por cento, depois de cair 0,2 por cento no terceiro trimestre.

Supermercados tiveram melhor desempenho, registrando um aumento de 2,6 por cento, enquanto as vendas em lojas de conveniência do Carrefour cresceram 6,8 por cento em mesmas bases no trimestre.