HabitaçãoTransportes, Alimentação e Bebidas influenciaram o resultado

A prévia da inflação oficial do país, medida pelo IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), teve variação de 0,66% em outubro e ficou 0,27 ponto percentual acima da taxa de setembro (0,39%), maior índice para um mês de outubro desde 2002 (0,90%), segundo dados divulgados hoje (21) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). 

O índice do mês foi influenciado pelos três grupos que mais pesam no orçamento das famílias: Habitação, com alta de 1,15%, Transportes (0,80%) e Alimentação e Bebidas (0,62%). Juntos, somando 0,48 pontos percentuais (p.p.) de impacto, foram responsáveis por 72,73% do resultado do IPCA-15 de outubro.

Individualmente, o impacto mais elevado foi exercido pelo item botijão de gás (0,11 p.p.), do grupo Habitação(1,15%). Os preços desse item aumentaram 10,22% em outubro, depois de subirem 5,34% em setembro, acumulando 16,11% nestes dois meses. Nos Transportes (0,80%), o principal destaque ficou com a gasolina, 1,70% mais cara.

No grupo Alimentação e Bebidas (0,62%), os alimentos consumidos em casa subiram 0,39%, enquanto a alimentação fora teve alta de 1,06%. Vários produtos subiram de um mês para o outro, entre eles o frango inteiro (5,11%), batata-inglesa (4,22%), arroz (2,15%), pão francês (1,14%), carnes (0.97%) e a refeição fora de casa (1,15%).

No acumulado no ano, o resultado foi 8,49%, o mais elevado acumulado de janeiro a outubro desde 2003 (9,17%).

Para o cálculo do IPCA-15 os preços foram coletados no período de 15 de setembro a 14 de outubro de 2015 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 14 de agosto a 14 de setembro de 2015 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.