Objetivo é economizar R$ 22 milhões ao mês

A Prefeitura de Campo Grande está longe de alcançar a meta de reduzir R$ 22 milhões nas despesas mensais, estipulada no início de 2015. Passados oito meses o valor mensal ecomizado ainda é de R$ 10 milhões. Este seria um dos principais motivos para o Executivo municipal não conceder os reajustes solicitados por algumas categorias. A declaração é do secretário-adjunto da Sepanflic (Secretaria de Planejamento, Finanças e Controle), Ivan Jorge, durante assembleia dos médicos da rede pública de saúde, que estão em greve desde sábado (15).

Ainda conforme o secretário-adjunto, a perda de receita do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), que já soma mais de R$ 170 milhões em 2015, assim como a receita do tesouro, que de 2014 para 2015 teve diminuição de 1,46%, passando de R$1.314 bilhões para R$ 1,295 bilhões, também prejudicam o caixa da Prefeitura.

Sobre a redução de despesas, Ivan Jorge explica que de abril deste ano até agora o Executivo já diminuiu os gastos em R$ 330 milhões, sendo R$ 220 milhões só em despesa com pessoal.

Ainda conforme o secretário, a expectativa é de que o Mutirão da Conciliação, promovido em parceria com o TJMS (Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul), que teve início em agosto e segue até o próximo mês, consiga reabastecer os cofres públicos, para que pelo menos, os salários dos servidores possam ser pagos até o quinto dia útil e não haja necessidade de novo escalonamento. Segundo Ivan, as dividas ajuizadas e não ajuizadas na Capital somam R$ 1,5 bilhão.

Greves

Ivan Jorge foi até o Sindicato dos Médicos explicar aos servidores os motivos pelo qual o reajuste não pode ser concedido imediatamente. A categoria está em greve desde sábado, pedindo nova data base para o reajuste salarial, visto que no acordo passado, firmado em maio deste ano, quando a categoria deu início a primeira greve por reajuste salarial, ficou estipulado que a discussão seria feita em agosto. Os profissionais também pedem a republicação das gratificações da categoria.

Outra categoria em greve há quase três meses, os professores também aguardam posição da Prefeitura sobre o reajuste de 13,01%. Durante este período várias discussões visando o fim da greve foram realizadas, porém até o momento nenhuma proposta apresentada pelo Executivo foi aceita pelos educadores.