Postos alegam fim de promoções e preço do combustível dispara em Campo Grande

Valores já foram alterados em alguns postos da Capital

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Valores já foram alterados em alguns postos da Capital

A concorrência interna entre os postos de Campo Grande, fez com o preço médio do combustível, mais especificamente o da gasolina comum, chegasse a R$ 2,88. O valor é o menor praticado no país, segundo dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). Porém, conforme os comerciantes, o preço já se tornou insustentável, obrigando o mercado a voltar para o habitual. As mudanças já refletiram nas bombas, que nesta quinta-feira (30) amanheceram com o combustível até R$ 0,45 mais caro.

Num levantamento feito pelo Jornal Midiamax, em aproximadamente 15 postos da cidade, os preços estão divididos. Na região central, por exemplo, encontramos valores entre R$ 2,88 e R$ 3,36. No Posto Santa Conceição, entre Avenida Afonso Pena e a Rua 13 de Maio, foi registrado o segundo maior valor. De acordo com o frentista Edésio Alves, o preço foi reajustado nesta manhã e voltou para o habitual praticado pelo local, que antes das promoções, era de R$ 3,36. “Esse valor promocional estava gerando muitos prejuízos aos donos de postos, estava difícil de manter”, explica.

O maior valor foi registrado no Posto Dom Bosco, na Rua 14 de Julho, com valor de R$ 3,39. Já o preço mais baixo registrado pela reportagem foi na região norte, no Posto Vitória, da Avenida Euler de Azevedo, onde a gasolina comum ainda está sendo comercializada há R$ 2,79. O gerente do local, Valcemir Gomes, explicou que o valor deve permanecer até o final do estoque. Valcemir não soube dizer quanto tempo isso levaria, mas devido ao momento, a expectativa é de que em até 24 horas os valores sejam atualizados.

Janessa Barbosa, assistente administrativa do Posto Mediterrâneo, também na Euller de Azevedo, estava fazendo uma pesquisa de mercado no momento que a reportagem chegou para questionar até quando o preço de R$ 2,88 seria mantido. Ela explicou que está cuidando os concorrentes e assim que valores subirem, o posto também deve fazer as alterações. “Nós queremos subir ainda hoje, porque esse valor está insustentável. Eu to olhando aqui, e dos dez postos que ficam próximos a nós, cinco ainda mantém o preço antigo, então quando eles subirem nós vamos também”, comenta Janessa.

A assistente ainda acrescentou que as discussões sobre o aumento de valor já estão acontecendo há algum tempo, devido à margem de lucro que os postos estão tendo. “Faz tempo que a gente tenta reajustar, porque com esse valor a gente não tem margem, além do mais a gente precisa comprar o combustível a vista. Então esse preço só está bom para o consumidor”, destaca.

Nesse sentido Caio Gueto, proprietário do Posto Gueto, entre a Rua 13 de Maio e a Avenida Fernando Correa da Costa, usou o estado vizinho, São Paulo, para exemplificar o prejuízo. “Se pegarmos o preço médio de Mato Grosso do Sul, que é de R$ 3,19, temos o terceiro menor preço do país, e se nos retingirmos a Campo Grande, o preço médio (R$ 2,88) é o menor do país. Ou seja, a gente vende gasolina mais barato do que o Estado vizinho, que tem o imposto menor do que o nosso”, explica. Em São Paulo o valor médio da gasolina levantado pela ANP é de R$ 3,044.

Mesmos com alguns postos tentando manter o valor promocional, a expectativa é de que entre hoje e amanhã os valores sejam reajustados e o preço médio da gasolina seja de R$ 3,29. A pauta fiscal para Campo Grande é de R$ 3,58.

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